Objetivo da carteira do BTG é encontrar e recomendar empresas que remuneram seus acionistas acima da média do mercado de forma recorrente (Germano Lüders/Exame)
O BTG Pactual digital divulgou na segunda-feira, 3, a atualização da carteira trimestral de dividendos montada pelas equipes de análise de empresas e estratégia. O objetivo é encontrar e recomendar empresas que remuneram seus acionistas acima da média do mercado de forma recorrente.
Em abril, a carteira recomendada do BTG teve alta de 2,92%, ante 2,03% do Índice Dividendos (IDIV) e 1,94% do Ibovespa. Desde novembro de 2019, a carteira acumula rentabilidade de 14,8%, ante 9,5% do IDIV e 10,5% do Ibovespa.
Desta vez, as equipes optaram por manter as empresas que já estavam na carteira em fevereiro, quando trocaram a Telefônica Brasil (VIVT3) pela Vale (VALE3). O objetivo é manter a exposição à retomada do crescimento econômico global somada à forte dinâmica dos preços do minério de ferro, que gera um volume expressivo de caixa. A expectativa é a de um dividend yield (rendimento dos dividendos) de 11,2% para 2021.
A equipe de analistas do BTG destaca que a tragédia de Brumadinho fez com que a segurança das instalações e uma agenda ESG mais ampla tenham se tornado metas primordiais de longo prazo. “Estamos convencidos de que a Vale permanecerá altamente ‘amigável aos acionistas’ no futuro", dizem os analistas no relatório.
Além disso, a carteira continua com um portfólio diversificado, com empresas que são fortes geradores de caixa, como a Taesa (TAEE11), um dos maiores grupos de transmissão de energia do Brasil em Receita Anual Permitida (RAP). Os analistas destacam a forte eficiência operacional da companhia, que permitiu a distribuição de boa parcela dos lucros aos acionistas.
O payout (percentual do lucro líquido distribuído em forma de provento) é de cerca de 90%. Além disso, os analistas destacam que a Taesa deve manter seu nível de eficiência operacional pelo próximo trimestre. Há expectativa de um dividend yield de 12,3% para 2021.