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BTG mantém ação da Petrobras em carteira recomendada apesar de turbulência

Em relatório para o mês de março, equipe de estrategistas de Research do banco considera que o risco-retorno da Petrobras (PETR4) continua favorável

Plataforma da Petrobras: estrategistas do BTG apontam que não está claro se haverá alguma mudança na política de preços ou na venda de refinarias (Germano Lüders/Exame)

Plataforma da Petrobras: estrategistas do BTG apontam que não está claro se haverá alguma mudança na política de preços ou na venda de refinarias (Germano Lüders/Exame)

O BTG Pactual digital divulgou nesta segunda-feira, 1º, novidades em sua carteira de ações. Apesar de muitos investidores estarem assustados com os últimos acontecimentos na Petrobras, os analistas decidiram manter a ação preferencial da companhia (PETR4) em suas recomendações.

A tumultuada demissão do CEO por seu acionista controlador (governo federal, representado por Bolsonaro atualmente) fez a ação preferencial da Petrobras despencar cerca de 16% em fevereiro. E foi uma das responsáveis pela queda do Ibovespa, que se tornou a bolsa de valores com o pior desempenho no acumulado do ano na América Latina, segundo a Bloomberg.

Muitos investidores se assustaram com a possibilidade de o governo interferir no dia a dia da Petrobras, incluindo sua política de preços, que segue atualmente a paridade de preço internacional. Mas o relatório do BTG aponta que não está claro se haverá alguma mudança na política de preços ou na venda de suas refinarias.

“Embora seja difícil decidir se essas questões importantes vão mudar ou não, após a recente desvalorização das ações, decidimos que o risco-retorno é favorável”, diz o relatório. Diante disso, PETR4 permanece na carteira com peso de 10%.

Os estrategistas indicam que as próximas semanas serão cruciais para restaurar a confiança na precificação da Petrobras e na independência de alocação de capital. “Caso algum mecanismo seja criado pelo governo para reduzir a volatilidade do preço do combustível, acreditamos que ele possa ajudar a liberar a ação da armadilha de valor atual”, aponta o relatório.

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Alterações na carteira de ações

 

Os analistas do BTG retiraram Itaú (ITUB4) e Aliansce Sonae (ALSO3), ambas com 10% de peso, da carteira. No lugar delas, adicionaram a ação da Lojas Americanas (LAME4) e da B3 (B3SA3), cada uma também com 10% de peso.

A entrada da LAME se dá por uma conjunção de fatores. Os analistas acreditam que suas operações de varejo físico (B&M) irão se recuperar gradualmente. Além disso, esperam que a combinação potencial da LAME e B2W destaque a operação multicanal da LAME e ajude em uma reavaliação da ação.

Apesar de ter saído da carteira recomendada em fevereiro, a B3 (B3SA3) retornou à carteira neste mês. Isso porque, depois de um desempenho inferior ao do mercado (queda de 8% em fevereiro e 11% no acumulado do ano), os analistas enxergam o valuation atual como atraente. “Os volumes continuam fortes, os resultados do 4T20 serão bons e revisões para cima nos lucros são prováveis”, afirma o relatório.

A carteira do BTG tem como objetivo capturar as melhores oportunidades e performances do mercado de ações. O processo de seleção dos dez ativos ao mês é feito pelo time de estrategistas de Research do BTG, sem considerar necessariamente índices de referência ou liquidez.

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