É preciso analisar as empresas estrangeiras, a governança corporativa, a lucratividade, entre outros pontos, para entender a performance ajustada ao risco (Jesada Wongsa / EyeEm/Getty Images)
Os Brazilian Depositary Receipts (BDRs), recibos de ações estrangeiras negociadas no Brasil, chegaram com tudo ao mercado brasileiro. Depois que a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) liberou o ativo para pequenos investidores em outubro do ano passado, o volume negociado saltou de 5,1 bilhões de reais em 2019 para 28,6 bilhões em dezembro de 2020.
O interesse dos brasileiros em BDRs não se deve só à novidade, que já estava no radar dos chamados investidores qualificados — aqueles com mais de 1 milhão de reais em aplicações financeiras. Essa categoria de ativo tem vantagens, como diversificar os riscos da carteira, atrelar o rendimento a uma moeda estrangeira, no caso o dólar, e aproveitar os resultados de empresas listadas em países economicamente mais fortes.
Na prática, o investidor aposta em valores mobiliários com lastro em ações internacionais. Ou seja, esses recibos representam as ações de uma companhia estrangeira — não são os papéis em si. A emissão dos BDRs na bolsa envolve uma instituição financeira, chamada de depositária, que compra as ações, recebe os dividendos, distribui para quem adquiriu, acompanha os relatórios financeiros e de gestão da empresa.
Os BDRs podem ser de nível I, II ou III. No nível I, a empresa estrangeira não precisa ter registro na CVM e os certificados são negociados em um balcão específico. A instituição depositária é obrigada a comunicar aos investidores todas as informações que divulga em seu mercado local.
Já nos níveis II e III, as companhias devem ter o registro na CVM e os certificados são negociados no pregão normal da bolsa. As informações transmitidas aos investidores seguem as regras de transparência brasileiras.
A compra acontece de maneira semelhante a ativos e derivativos da B3. Basta identificá-lo pelo ticker correspondente e emitir uma ordem de compra pela plataforma de investimentos. O ticker da Apple, por exemplo, é o AAPL34.
Antes de montar a carteira de BDRs, é preciso analisar as empresas estrangeiras, a governança corporativa, a lucratividade, entre outros pontos, para entender a performance ajustada ao risco. Ou seja, é um processo que guarda semelhanças com o que o investidor deve fazer quando investe na ação de uma companhia brasileira, com a diferença de que as informações estão em inglês e há particularidades nos mercados externos.
Nem todo investidor dispõe de tempo ou conhecimento para fazer essa análise de forma adequada. É por isso que os fundos de investimento de gestão ativa são uma boa opção. Os profissionais acompanham regularmente o dia a dia das companhias e fazem balanceamentos periódicos nas carteiras em busca de mais rentabilidade.
O relatório de melhores fundos da EXAME Research inseriu na terça-feira, dia 26, a recomendação para BTGP Diversified Global Equities FIA BDR I IE, um fundo do BTG Pactual digital composto de BDRs que têm como lastro cotas de diversos ETFs (fundos que acompanham índices) estrangeiros. Ao fazer a aplicação, o investidor compra uma carteira composta de 15 ativos de diversos setores em países como Estados Unidos, União Europeia, entre outros.
Sem taxa de performance e com um investimento mínimo de 100 reais, ele conta com gestão ativa da Asset do BTG Pactual. Os especialistas avaliam periodicamente as tendências globais e regionais, além de mudanças nas políticas monetárias para selecionar os melhores BDRs. Além disso, o fundo usa proteção cambial e tem como referência o MSCI All World, índice que acompanha algumas das mais negociadas ações no mundo.
Ficou interessado no fundo de BDRs do BTG? Abra sua conta e comece agora o seu investimento.