Dividendos: o dividend yield é um dos indicadores que permitem medir o desempenho de uma companhia listada na bolsa (Reprodução/Thinkstock)
Karla Mamona
Publicado em 24 de abril de 2021 às 07h22.
As units da Taesa são as maiores pagadoras de dividendos em 10 anos. É o que aponta um levantamento realizado pela consultoria Economatica, que analisou a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio entre 2011 e 2021.
No caso da Taesa, nos últimos 10 anos, a mediana de dividend yield foi de 12,43%. O menor dividend yield da década da TAEE11 foi de 8,01% e o maior de 27,64%.
O dividend yield é um dos indicadores que permitem medir o desempenho de uma companhia listada na bolsa, com análise dos dividendos pagos aos seus acionistas em um ano. Ele mostra a relação entre esses dividendos e o preço atual da ação.
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Outro destaque foram as ações preferenciais da Cemig, que ocupam a segunda colocação do ranking, com a mediana de 9,09%. Já na terceira colocação estão as ações da Comgás, com mediana de 7,99%.
Entre as 20 ações listadas, sete são de empresas do setor de energia, seis são de bancos, duas de minerais metálicos e cinco setores aparecem com uma ação. Metade das ações pagaram mediana acima de 5% no período analisado.
Para chegar nestes dados, o levantamento da Economatica considerou as ações presentes em todos os anos da amostra (2011 e até abril de 2021) e que obrigatoriamente tenham distribuído dividendos ou juros sobre capital próprio em todos os anos. Além disso, as ações estiveram presentes em pelo menos 90% dos pregões da década.
A consultoria analisou as demonstrações financeiras entregues pelas empresas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que considera o volume de dividendos e JCPS distribuídos pelas empresas dentro do fluxo de caixa. Veja tabela abaixo:
Empresa | Ticker | Dividend Yield (mediana 10 anos) |
Taesa | TAEE11 | 12,43% |
Cemig | CMIG4 | 9,09% |
Comgás | CGAS5 | 7,99% |
Telefônica Brasil | VIVT3 | 7,60% |
Copel | CPLE3 | 7,11% |
Ferbasa | FESA4 | 6,60% |
Santander | SANB4 | 6,24% |
Sanepar | SAPR4 | 6,15% |
ISA CTEEP | TRPL4 | 6,11% |
Banco do Brasil | BBAS3 | 6,00% |
Engie | EGIE3 | 5,89% |
Bradespar | BRAP4 | 5,85% |
Copel | CPLE6 | 5,79% |
Grendene | GRND3 | 5,66% |
Cesp | CESP3 | 5,63% |
Banrisul | BRSR6 | 5,61% |
Santander | SANB11 | 5,54% |
Benestes | BEES3 | 5,33% |
Bradespar | BRAP3 | 5,15% |
ABC Brasil | ABCB4 | 5,13% |
Ao analisar os dados de 2020, os dados apontaram que houve uma queda de 29,3% na distribuição de dividendos, na comparação com 2019. O volume distribuído pelas 246 empresas analisadas foi de 91,3 bilhões de reais, uma queda de quase 38 bilhões de reais. Vale destacar que o levantamento exclui a Vale, pois a mineradora, em 2020, pagou um volume de dividendos extraordinário.
O ano de 2019 foi o ano com o maior volume distribuído na amostra, com 129,1 bilhões de reais. O volume distribuído apresentou uma crescente nos últimos três anos, desde 2016, quando o volume foi de 66,9 bilhões de reais.
Na década, tiveram dois momentos de crescimento de dividendos, o primeiro entre 2012 e 2014 e o segundo entre 2016 e 2019. O pior momento aconteceu no ano de 2016 quando as empresas distribuíram 66,9 bilhões de reais. De 2016 até 2019, o crescimento foi de 36,4%.