Juliana Machado: professora do curso "Mapa dos fundos" conta como começou no mercado financeiro e por que não investe em ações (Exame/Exame)
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2020 às 12h00.
Última atualização em 7 de outubro de 2020 às 17h30.
Quando se pensa em um professor de investimentos, na mente já vem a ideia de uma pessoa que sabe investir diretamente na Bolsa de Valores e faz isso desde sempre. Mas com Juliana Machado, especialista em fundos de investimentos da Exame Research, não é bem assim. A analista explica como foi a sua entrada no mercado financeiro, como começou a sua relação com os fundos de investimentos e por que não investe diretamente em ações.
“Os primeiros passos que eu dei foi como as pessoas começam a investir no geral, que é fazendo tudo errado. Não existe exatamente um certo e errado, mas eu tinha uma compreensão de mercado limitada e acabei adquirindo produtos que eram demais para a minha tolerância ao risco naquela época, há uns seis anos”, conta.
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Com recursos limitados, Juliana começou a investir em Tesouro Direto e a estudar sobre o ativo. Depois se aproximou dos gestores de fundos de investimentos. “Eu sempre investi via fundos, nunca quis operar direto na Bolsa de Valores. Não tive tempo o bastante para estudar uma ação e tentar enxergar as assimetrias de mercado, que é o que precisa saber para operar diretamente em ações. Eu não quis me aventurar e colocar meus poucos recursos em algo que não entendia. Achava que fazia muito mais sentido eu entrar via fundos de investimentos. Você paga uma taxa para que os gestores, profissionais que entendem do assunto, façam um trabalho para você”.
Juliana é jornalista de formação e nos oito anos em que atuou na área sempre trabalhou cobrindo finanças. Hoje, além de analista da Exame Research ela também é professora da Exame Academy e estruturou o curso “Mapa dos fundos: como encontrar os melhores fundos de investimentos”.
“A vida toda trabalhei em agências de notícias com cobertura em tempo real, aquela loucura, pouco tempo para fazer as matérias. Sempre gostei dessa velocidade do hard news, mas decidi dar outro passo na minha carreira e ir para a parte de análises, que eu também me identificava”, conta.
A especialista explica como o trabalho de jornalista ajudou na mudança de foco profissional. “A atuação no mercado financeiro como jornalista me permitiu estar nos bastidores, saber e entender o que estava acontecendo. Na minha última casa, que foi o Valor Econômico, passei pelas editorias de empresas e finanças, cobri muita governança corporativa, a reforma do Novo Mercado, também bolsas de valores, câmbio, juros. Tudo isso me deu um bom background para dar esse novo passo e levar a informação da gestão para as pessoas de outra maneira diferente do jornalismo, que é via recomendações de fundos”.
O curso Mapa dos fundos, (que você pode acessar aqui) explica desde os conceitos mais simples, como é a estrutura de um fundo de investimentos, até elementos complexos como os fundos de previdência, o que é um PGBL, o que é um VGBL. O material também aborda os custos, juros e impostos envolvidos nos fundos de investimentos.
“O curso está completo, inclusive tem um debate sobre as novas tendências para a indústria de fundos. Com as transformações tecnológicas, é risível acreditar que não veremos essas mudanças aqui no Brasil. Ao terminar o curso, você vai sair com uma visão muito melhor, muito mais ampla do que são os fundos de investimentos, dessa indústria como um todo, como ela funciona, e porque é bacana ou não investir nela”, explica a professora.