Dado o comportamento dos FIIs, uma crença equivocada é a de que, por causa da liquidez e da emissão de dividendos frequentes, a valorização dos ativos imobiliários é, necessariamente, inferior à de ações. (Tyler Olson/Thinkstock)
Investidores de perfil moderado e arrojado já conhecem bem as opções de renda variável (e costumam apostar nelas). Essa modalidade de investimentos costuma ser bastante procurada para quem busca uma maior rentabilidade nos seus aportes, mas também há aqueles com objetivo de gerar renda através dos dividendos.
Uma das opções que se tornou mais popular nos últimos anos entre pessoas físicas foram os fundos imobiliários (FIIs). Com variações menores de valor e a oportunidade de recebimento de dividendos frequentes, os investidores que buscam renda extra se aproximaram dessa opção.
Aprenda do básico ao intermediário sobre FIIs com um renomado especialista do mercado
Dado o comportamento dos FIIs, uma crença equivocada é a de que, por causa da liquidez e da emissão de dividendos frequentes, a valorização dos ativos imobiliários é, necessariamente, inferior à de ações. Para explicar melhor a questão, convidamos o CEO da Reis Real Estate, Ricardo Reis, foi convidado para conversar com nosso especialista e professor de fundos imobiliários Arthur Vieira no seu programa FIIs em Exame. No bate-papo, Reis respondeu à seguinte pergunta:
“As pessoas e os negócios passam, mas os imóveis ficam”, citou Reis durante a conversa. Com um vasto histórico no mercado imobiliário, a Reis Real Estate acredita que os imóveis são um dos investimentos mais certeiros para o desenvolvimento de valor no longo prazo, valorizando mais até que a bolsa.
Para defender sua tese, Ricardo liderou uma pesquisa realizada nos 16 países mais desenvolvidos do mundo para avaliar o comportamento desses dois mercados. A pesquisa teve como objetivo analisar a valorização de ativos imobiliários e de ativos da bolsa durante o período de 145 anos.
Os resultados foram surpreendentes. Apesar de os números não serem iguais em todos os países, foi observado que os imóveis tiveram uma valorização média de 7,05% ao ano. Enquanto isso, no mesmo período, a bolsa atingiu uma valorização média anual de 6,89%, demonstrando um crescimento menor do que o apresentado pelo cenário imobiliário.
Para entender se o cenário brasileiro replica o mesmo comportamento, essa pesquisa foi feita também, no mesmo período, nos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), onde demonstrou um cenário ainda mais discrepante, com valorização de 8,26% nos imóveis, comparados com os 7,17% da bolsa.
Após a pesquisa, Reis concluiu que, com valorização acima da média das ações, os fundos imobiliários se mostram uma oportunidade mais rentável de investimentos no longo prazo. “Se analisarmos os ativos considerados parte do PIB, imóveis são o maior representativo de patrimônio das pessoas”, disse o CEO, reforçando a visão de que o mercado imobiliário sempre será valorizado.
Quer aprender mais sobre o mundo de fundos imobiliários? Arthur Vieira, além de apresentador do FIIs em Exame e de especialista em fundos imobiliários, também é professor do novo curso gratuito sobre FIIs, “O Beabá dos Fundos Imobiliários” em parceria com a bolsa de valores brasileira (B3). O objetivo do curso é ensinar a investidores iniciantes a base necessária para entender o universo dos fundos imobiliários. Ao final do conteúdo, os alunos saberão como investir em FIIs e obter uma renda extra com o setor imobiliário.