Inteligência Artificial

Zuckerberg diz que Meta respondeu devagar ao TikTok por achar que a plataforma era similar a YouTube

O CEO da Meta também disse comentou que pretende aproveitar a oportunidade de "parceria produtiva" com o governo dos Estados Unidos e que irá dar um novo inicio a suas relações com governos de outras partes do mundo

Mark Zuckeberg admitiu que pensava que TikTok não era social o suficiente (Andrej Sokolow/Getty Images)

Mark Zuckeberg admitiu que pensava que TikTok não era social o suficiente (Andrej Sokolow/Getty Images)

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 31 de janeiro de 2025 às 18h57.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, admitiu que a companhia respondeu de forma devagar à ascensão do TikTok por acreditar que a plataforma não era "social" o suficiente, revelou o site Business Insider Africa com base em um áudio vazado para o Business Insider. "Nós olhamos para isso e pensamos: 'ah, é um pouco mais como o YouTube'", disse em uma reunião.

A companhia falhou em perceber que os usuários do TikTok se comunicavam bastante por meio de mensagens enviadas de forma privada, à semelhança das plataformas da Meta.

A declaração veio em resposta a pergunta de um funcionário, que questionou se o foco atual da Meta em inteligência artificial não poderia fazer com que a empresa perdesse a próxima tendência de seu negócio principal, as redes sociais. O CEO observou que, como a Meta é uma empresa grande, precisa conseguir "andar e mascar chiclete ao mesmo tempo".

Para ele, a próxima tendência serão funcionalidades nas redes sociais alimentadas por IA, como agentes de IA com quem usuários possam conversar e experiências de conteúdo mais imersivas.

Na reunião, Zuckerberg afirmou para os funcionários "apertarem os cintos"  para um ano intenso a frente e que esperava ter um senso mais claro da trajetória da companhia ate o fim de 2025. Ele destacou que, neste ano, agentes de IA devem começar a conseguir trabalhar, inclusive escrevendo softwares. Questionado se isso levaria a cortes de emprego, o executivo disse que é difícil saber. Algumas funções poderiam se tornar redundantes, mas novos engenheiros podem ser contratados para aperfeiçoar IA.

Nova relações com governos

O CEO disse que a Meta poderia avançar nos interesses dos Estados Unidos junto ao presidente Donald Trump. "Depois de muitos anos, nós agora temos a oportunidade de uma parceria produtiva com o governo dos Estados Unidos e vamos aproveitar", afirmou. De acordo com ele, 2025 será um ano de reconfigurar relações não apenas com a administração estadunidense, mas com governos de todo o mundo.

A respeito das mudanças na política de empresa, o que inclui o fim do programa de checagem de fatos terceirizado e a migração para um sistema de notas de comunidade, similar ao do X (antigo Twitter), Zuckerberg pediu que os funcionários esperassem para ver como o novo sistema funcionaria. O executivo comentou estar otimista a respeito das mudanças.

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