Redação Exame
Publicado em 6 de maio de 2024 às 11h37.
Última atualização em 6 de maio de 2024 às 11h38.
Warren Buffett, renomado investidor, expressou preocupações quanto ao potencial de dano da inteligência artificial (IA), durante a reunião anual de acionistas da Berkshire Hathaway, no sábado. Buffett destacou a possibilidade de uso da tecnologia para golpes, mencionando que, se estivesse interessado em investir em fraudes, esse setor seria extremamente lucrativo, habilitado, em parte, pela IA.
Buffett apontou para a capacidade da tecnologia de reproduzir conteúdo realista e enganoso, com a intenção de enviar dinheiro para criminosos. Os golpistas já se valem da clonagem de voz e deep fake para manipular vídeos e imagens, imitando familiares e amigos, a fim de solicitar dinheiro ou informações pessoais.
Ele também reconheceu o potencial da IA para coisas positivas, mas ressaltou seu desconhecimento sobre a tecnologia e seu potencial tanto para o bem quanto para o mal, indicando que não sabe como isso se desenvolverá.
Nos últimos anos, a IA tem sido amplamente discutida em Wall Street, com investidores apostando no seu potencial para impulsionar lucros. Ações de empresas como Nvidia e Meta subiram significativamente durante o boom da IA, com aumentos de 507% e 275%, respectivamente, desde o final de 2022.
Buffett, no entanto, comparou o potencial da IA ao da bomba atômica no século XX. Ele afirmou que, embora não saiba muito sobre a IA, não nega sua existência ou importância.
Segundo Buffett, a criação de armas nucleares liberou um "gênio" que vem causando danos, e o poder desse "gênio" é o que mais o preocupa. Ele também disse que não vê como colocar esse "gênio" de volta na garrafa, e que a IA é semelhante.
O investidor concluiu que a IA é extremamente importante e será desenvolvida por alguém, mas seu impacto no futuro da sociedade ainda será conhecido.