Inteligência Artificial

Vibe coding: a nova tendência que está transformando startups, segundo o Y Combinator

Segundo Garry Tan, CEO da aceleradora, empresas emergentes crescem 10% por semana com uso de inteligência artificial. A explicação é que os códigos de aplicativos são escritos, em sua maior parte, por IAs como o ChatGPT

Garry Tan: CEO explicou que ao usar IA para escrever códigos startups podem contratar equipes menores de engenheiros (Seb Daly/Web Summit/Getty Images)

Garry Tan: CEO explicou que ao usar IA para escrever códigos startups podem contratar equipes menores de engenheiros (Seb Daly/Web Summit/Getty Images)

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 20 de março de 2025 às 10h13.

Última atualização em 20 de março de 2025 às 10h14.

Tudo sobreInteligência artificial
Saiba mais

O CEO da aceleradora de startups Y Combinator, Garry Tan, disse que a inteligência artificial está impulsionando startups em estágios iniciais, que estão crescendo como nunca antes, em uma entrevista à CNBC.

Nos últimos nove meses, as startups tiveram um crescimento agregado de 10% por semana. “Isso nunca aconteceu antes em um estágio inicial de venture”, disse. As startups estão atingindo US$ 10 milhões em receita com equipes de menos de dez pessoas.

Tan explicou que o avanço significativo está relacionado ao que se chama de “vibe coding”. O termo cunhado por um dos fundadores da OpenAI Andrej Karpathy diz respeito ao processo de deixar grandes modelos de linguagem gerarem código de aplicativos, em vez de precisar de uma grande equipe de engenheiros. A tecnologia também consegue resolver bugs e fazer alterações, sem que seja necessário que um humano escreva os códigos si próprio.

“Às vezes, você pode apenas aceitar todas as alterações mesmo sem olhar as mudanças que ela fez porque, agora, [a IA] é boa a esse ponto”, afirmou. “Isso pode parecer um pouco assustador. Mas o que significa para fundadores é que você não precisa de um time de 50 ou 100 engenheiros. Você pode ter um time de 10”, completou.

De acordo com Tan, cerca de 25% do grupo de startups atualmente em aceleração no Y Combinator utilizaram IA para escrever 95% do código.

IA e o impacto no mercado de trabalho

Tan também falou sobre os receios de cortes de empregos, em especial, entre jovens engenheiros, e afirmou que o momento também pode representar uma “oportunidade”.

“Talvez seja aquele engenheiro que não conseguiu emprego na Meta ou no Google que, na verdade, pode construir um negócio fazendo US$ 10 milhões ou US$ 100 milhões em um ano com dez pessoas”, disse.

Acompanhe tudo sobre:Inteligência artificialStartupsEngenheiros

Mais de Inteligência Artificial

Meta AI finalmente chega na UE e empresa culpa regulação pela demora

Nvidia se junta a consórcio para construir modelo de IA que ajude nos desafios de redes elétricas

SoftBank anuncia aquisição da empresa de semicondutores Ampere por US$ 6,5 bilhões

Funcionários públicos terão que usar IA? Novo centro quer acelerar adoção na gestão estadual de SP