Inteligência Artificial

Uma nova OpenAI: como está o conselho da empresa após a crise

Com a chegada de Bret Taylor, ex-Salesforce, o novo grupo restabelece o desafio de uma condução ética da IA

Helen Toner, Ilya Sutskever, Adam D’Angelo, Tasha McCauley: o grupo de conselheiros que demitiu Sam Altman (Montagem com fotos de/Getty Images)

Helen Toner, Ilya Sutskever, Adam D’Angelo, Tasha McCauley: o grupo de conselheiros que demitiu Sam Altman (Montagem com fotos de/Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 24 de novembro de 2023 às 05h50.

Última atualização em 24 de novembro de 2023 às 10h06.

A crise na OpenAI jogou luz sobre quatro nomes que, apesar da pouca proeminência pública, foram extremamente influentes nos bastidores da empresa: Adam D’Angelo, Helen Toner, Tasha McCauley e Ilya Sutskever, os conselheiros da OpenAI que tomaram a decisão abrupta de demitir o CEO Sam Altman.

O ato, que desencadeou uma série de eventos dramáticos e gerou ampla especulação sobre as motivações, também trouxe o questionamento sobre as capacidades desses membros para gerir a empresa.

Na terça-feira, 23, na Califórnia, apenas D’Angelo permaneceu na companhia após a crise corporativa, que culminou no retorno de Altman e na formação de um novo conselho.

Por hora, a nova formação será presidida por Bret Taylor, ex-CEO da Salesforce, e terá a participação de Larry Summers, ex-secretário do Tesouro nos EUA.

Outros membros podem chegar, principalmente pela influência da Microsoft e de outros investidores, como Sequoia Capital, Thrive Capital e Tiger Global.

Para qualquer um que chegue, haverá o desafio de trabalhar com a estrutura incomum da OpenAI. Uma empresa que trabalha em um formato de parceria entre uma subsidiária com fins lucrativos e uma organização de pesquisa sem fins lucrativos.

O conselho administra ambos, mas seu principal objetivo é desenvolver uma inteligência artificial segura e que beneficie toda a humanidade, ao invés de priorizar os interesses dos investidores.

Como os quatro membros anteriores da OpenAI adquiriram influência na direção da empresa ainda é incerto.

Nem investidores nem funcionários conseguiram explicar às dezenas de jornais especializados como esse conselho, agora reduzido à metade do tamanho de 2021, foi nomeado inicialmente.

Os perfis são variados. D’Angelo, que também é CEO do site de perguntas e respostas Quora, foi descrito como um personagem complicado no dia a dia.

Com acusações de que, no início de sua companhia, também retirou um sócio do board de diretores em uma espécie de golpe.

Ele também é acusado nas redes sociais de ter uma empresa que se tornou obsoleta com os avanços da OpenAI, a Poe, de personagens virtuais.

Já Helen Toner e Tasha McCauley são menos controversas. São descritas como ativistas pela regulação e controle da IA de forma ética, e suas aparições públicas recentes eram no sentido de evidência as capacidades substimadas da IA.

Ilya Sutskever, co-fundador da OpenAI e cientista por trás de avanços importantes da aprendizagem profunda de máquinas, ainda que tenha enfrentado críticas pelo seu papel na demissão de Altman, foi descrito por nomes como de Elon Musk como um líder com "uma boa bússola moral".

A tumultuada semana na OpenAI chega ao fim para muitos deles e pode ser encerrada, por enquanto, com uma mensagem de Toner no X: “Agora, todos nós podemos dormir um pouco”.

LEIA TAMBÉM:

Acompanhe tudo sobre:Inteligência artificialOpenAI

Mais de Inteligência Artificial

Influencers criadas por IA fazem conteúdo adulto para concorrente do OnlyFans

Banco espanhol BBVA atinge marca de 3,300 bots no ChatGPT

Em 12 meses, Sequoia Capital consegue valorizar fundo para startups em 24,6%

IA generativa recorre a livros para crescer