Inteligência Artificial

Tim Cook continua como CEO, mas Apple passa por reestruturação na liderança e mudanças internas

A saída de executivos chave e a adaptação da estrutura interna refletem a estratégia da empresa para enfrentar desafios no setor de inteligência artificial e inovação

Tim Cook: CEO da Apple (Arturo Holmes/WireImage/Getty Images)

Tim Cook: CEO da Apple (Arturo Holmes/WireImage/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 14 de julho de 2025 às 13h44.

Apesar de alguns analistas sugerirem que a Apple deveria substituir Tim Cook para colocar um CEO focado em produtos na liderança da empresa na era da inteligência artificial, o líder do império de quase US$ 4 trilhões não deve ir a lugar algum. Por outro lado, mudanças significativas estão sendo realizadas para posicionar a Apple na corrida pela IA.

A primeira dessas mudanças é a aposentadoria de Jeff Williams, anunciada para o final de 2025. A saída do diretor de operações e braço direito de Cook marca o início de uma reestruturação na liderança da Apple, levantando questões sobre a sucessão do CEO, especialmente em meio aos desafios envolvendo a IA e a necessidade de inovação.

Com a saída de Williams, Sabih Khan assumirá a posição de diretor de operações. Antes dessa mudança, em janeiro, Luca Maestri, CFO da Apple, passou o bastão para Kevan Parekh, enquanto Dan Riccio, outro veterano da companhia, já havia deixado a empresa no final do ano passado.

Além do principal braço direito de Cook, a Apple enfrenta o desafio de lidar com a aposentadoria de executivos com mais 60 anos, como Greg Joswiak, Phil Schiller, Lisa Jackson e Johny Srouji. Muitos desses líderes de longa data, que ajudaram a moldar a empresa, estão se preparando para a aposentadoria, já que acumularam fortuna significativa e o cargo de CEO não está disponível para eles.

Mudanças internas

Além das mudanças de liderança, a Apple está reconfigurando suas operações internas, redistribuindo as responsabilidades de Williams entre Alan Dye, vice-presidente de interface humana, e Molly Anderson, vice-presidente de design industrial. Os dois agora se reportarão diretamente a Tim Cook. Essa reestruturação interna busca alinhar melhor a empresa aos desafios futuros e ampliar o foco em IA e serviços.

Por outro lado, em meio a esse cenário, a Apple sofreu um revés com a saída de Ruoming Pang, chefe dos modelos fundacionais de IA, para a Meta. Assim como outros talentos do setor, o engenheiro altamente respeitado foi atraído por um pacote multimilionário oferecido por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, que já contratou grandes nomes para seu dream team no Meta Superintelligence Labs (MSL).

Apesar de ter feito uma contraoferta, a Apple não conseguiu competir com os cerca de US$ 200 milhões oferecidos pela Meta ao longo de alguns anos, sofrendo um golpe significativo, que acrescenta mais uma camada de dificuldade a seus esforços para avançar na área de inteligência artificial.

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