Inteligência Artificial

TikTok cria marca d'água para classificar conteúdo feito por IA

App já rotula conteúdo feito com efeitos de IA e exige o mesmo daqueles que criam material na plataforma

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 10 de maio de 2024 às 09h40.

O TikTok está começando a marcar automaticamente vídeos e imagens feitos com inteligência artificial.

Segundo a empresa informou nesta quinta-feira, o conteúdo gerado por IA no aplicativo agora será marcado com “Content Credentials”, uma tecnologia de marca d'água digital da Coalition for Content Provenance and Authenticity.

“As credenciais de conteúdo anexam metadados ao que está sendo publicado, que podemos usar para reconhecer e rotular instantaneamente [conteúdo gerado por IA]”, disse a empresa chinesa. “Esse recurso começou a ser implementado hoje em imagens e vídeos e em breve chegará ao conteúdo somente de áudio.”

O TikTok já rotula o conteúdo feito com seus efeitos de IA no aplicativo e exige que os criadores rotulem qualquer conteúdo que produzam contendo IA realista. Esta última mudança expandirá a classificação automática para conteúdo gerado por IA carregado de outras plataformas.

A atualização ocorre no momento em que políticos e especialistas alertam sobre a ameaça que a IA pode representar nas próximas eleições americanas de 2024, temendo um aumento de deepfakes e desinformação.

Em fevereiro, a TikTok foi uma das 20 empresas líderes de tecnologia que se comprometeram a combater a desinformação sobre IA no ciclo eleitoral deste ano. Microsoft, Meta, Amazon, Google e OpenAI também estão na iniciativa.

Futuro incerto nos EUA

ByteDance, dona do TikTok, entrou com um processo em um tribunal federal dos Estados Unidos para bloquear uma lei que exige a venda do aplicativo ou proíbe seu uso no país. A ação foi movida após a assinatura da lei pelo presidente Joe Biden, que marca a data de 19 de janeiro de 2025 como o limite para a ByteDance vender o TikTok nos EUA ou encarar a proibição do aplicativo no país.

A empresa alega que a lei viola a Constituição dos EUA, incluindo proteções de liberdade de expressão. O processo destaca que a lei impõe uma proibição nacional permanente a uma única plataforma de discurso.

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