Redatora
Publicado em 4 de setembro de 2025 às 06h43.
Última atualização em 4 de setembro de 2025 às 06h59.
A startup chinesa DeepSeek planeja lançar até o fim do ano um novo modelo de inteligência artificial com foco em agentes autônomos, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg. A iniciativa coloca a companhia de Hangzhou diretamente na disputa com rivais norte-americanos como a OpenAI, Microsoft e Anthropic, que já avançam nesse tipo de tecnologia.
O projeto é liderado por Liang Wenfeng, fundador da DeepSeek, que pressiona a equipe para apresentar o software no quarto trimestre de 2025. Diferentemente de modelos tradicionais de linguagem, o sistema está sendo desenvolvido para executar tarefas de múltiplas etapas com pouca intervenção humana, além de aprender com ações passadas para aprimorar seu desempenho.
A estratégia marca um novo passo da companhia após o lançamento do R1, em janeiro.
O modelo chamou atenção do mercado por reproduzir o processo humano de raciocínio com um custo estimado de apenas alguns milhões de dólares — uma fração do que normalmente é gasto em iniciativas similares. Desde então, no entanto, a DeepSeek só divulgou pequenas atualizações, enquanto concorrentes dos EUA e da própria China aceleraram a produção de novas versões.
A aposta em agentes de IA acompanha um movimento mais amplo do setor. A OpenAI e a Anthropic, além da Microsoft, já apresentaram suas próprias soluções de software voltadas a simplificar tarefas pessoais e profissionais. Entre as chinesas, a Manus AI também tem atraído atenção global com o que define como um agente de uso geral.
Essas ferramentas vão além das respostas em texto curtas e objetivas de chatbots convencionais. O objetivo é executar tarefas mais complexas, desde planejar uma viagem até escrever e depurar códigos de programação. Apesar do avanço, especialistas ressaltam que os agentes atuais ainda exigem supervisão significativa para evitar erros ou ações imprevistas.