Redatora
Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 16h11.
E se os seres humanos conseguissem expandir sua expectativa de vida utilizando nanotecnologia? De acordo com o cientista e futurista Ray Kurzweil, isso será possível em 2030 com o uso de nanobots, que ajudarão as pessoas a superar as limitações do organismo e estender seus tempos de vida para além de 120 anos.
O objetivo a longo prazo é ter nano robôs médicos do tamanho de uma célula com sensores, manipuladores, computadores e comunicadores. Esses dispositivos terão, entre suas funções, reparar e melhorar a performance dos órgãos.
Um corpo centenário, além do maior risco de doenças, começa a falhar de forma espontânea. Kurzweil cita o biomédico Aubrey de Grey, fundador da fundação LEV (Longevity Escape Velocity), segundo o qual o dano causado ao corpo humano ao longo dos anos vem de uma combinação de metabolismo e reprodução celular. Por isso, seria necessário reparar o dano do envelhecimento em nível celular para ultrapassar a velhice.
Em seu livro A Singularidade está mais próxima, publicado em 2024, Ray Kurzweil defende que a solução mais promissora para reverter isso são os nanobots. "Se a nanotecnologia de 2050 resolver problemas suficientes do envelhecimento para que pessoas de 100 anos consigam viver até 150, então teremos até 2100 para resolver quaisquer novos problemas que possam surgir nessa idade.
Com a IA desempenhando um papel chave na pesquisa até lá, o progresso nessa época será exponencial", escreveu.
Além disso, os nanobots poderiam ajudar a melhorar os níveis de substâncias no sangue. A ideia é que o uso de robôs ao longo da vida poderia ajudar a prevenir doenças.
De acordo com Kurzweil, com a IA será possível enviar nanobots para resolver problemas, antes mesmo que eles sejam detectáveis para médicos. Isso irá permitir prevenção de condições que, por enquanto, seguem incompreendidas.
Por exemplo, 25% dos AVCs isquêmicos, que ocorrem quando as células cerebrais morrem por falta de oxigênio com a obstrução de uma artéria, não têm causa identificável. Nanobots no sistema sanguíneo poderiam detectar pequena placas ou defeitos com potencial de provocar AVC e impedir que ele, de fato, aconteça.
No mesmo livro de 2024, Kurzweil também prevê que o ser humano irá se fundir com IA e se aprimorar com poder computacional milhões de vezes maior do que o cérebro biológico hoje provê. O cientista já errou e acertou em previsões para o futuro, mostra o site Business Insider.
Nos anos 2000, ele disse que as pessoas teria comunicação sem fio de bandas altas na internet em todos os momentos em 2010. Kurzweil também previu que computadores portáteis tomariam o lugar dos fixos em 2009. Em 2008, pela primeira os notabooks foram mais vendidos no mundo do que os desktops.
O cientista também afirmou que, no ano de 2010 que haveriam óculos e lentes de contato que projetariam imagens diretamente na nossa retina.