Inteligência Artificial

Retro Biosciences, de Sam Altman, busca US$ 1 bi para testar remédio antienvelhecimento feito com IA

A Retro Biosciences utiliza modelo de IA construído pela OpenAI para desenvolver seus produtos, que inclui um medicamento que teria potencial de reverter processos que levam a Alzheimer

Ramana Rech
Ramana Rech

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Publicado em 24 de janeiro de 2025 às 10h27.

Última atualização em 24 de janeiro de 2025 às 10h55.

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A Retro Biosciences, startup americana focada em aumentar a expectativa de vida humana em dez anos, planeja levantar US$ 1 bilhão para iniciar os testes de seus medicamentos ainda em 2025. A iniciativa conta com o apoio da OpenAI, liderada por Sam Altman, que já aportou US$ 180 milhões no projeto e deve participar de uma rodada de investimentos série A, segundo o Financial Times.

A startup, que utiliza modelos de inteligência artificial desenvolvidos pela OpenAI, está em conversas com investidores de risco e empresas de data centers em busca de ampliar seu poder computacional. A infraestrutura de tecnologia é essencial para rodar os modelos de IA que auxiliam na criação e testes de novos medicamentos.

Ao todo, três medicamentos devem ser testados pela Retro Biosciences. O primeiro é uma pílula que restaura o processo celular de reciclagem, cujo mau funcionamento está relacionado a doenças como o Alzheimer. O segundo medicamento tem como foco a substituição de células cerebrais, enquanto o terceiro busca renovar células-tronco do sangue por versões mais jovens.

Sandro Salsano, financiador italiano que ingressou no conselho de diretores da Retro Biosciences, está liderando a rodada de captação de recursos.

Uso de IA para expandir a expectativa de vida humana

O projeto de engenharia biológica que une a Retro Biosciences e a OpenAI foi iniciado há um ano. O modelo de IA criado pela OpenAI desenvolve proteínas capazes de transformar células comuns em células-tronco, representando um avanço científico significativo. Trata-se do primeiro modelo de IA da OpenAI voltado a dados biológicos, com resultados considerados "inesperados", conforme destacou a MIT Technology Review.

Sam Altman, que lidera a OpenAI, afirmou estar confiante de que a empresa está no caminho certo para construir uma inteligência artificial geral (AGI, na sigla em inglês), capaz de superar seres humanos em tarefas cognitivas complexas.

O uso da tecnologia para prolongar a vida humana tem atraído atenção e investimentos de grandes nomes do Vale do Silício. Entre eles, Jeff Bezos, ex-CEO da Amazon, que participou de uma rodada recorde de US$ 3 bilhões, em 2022, na Altos Labs, uma startup focada em reverter doenças por meio do rejuvenescimento celular.

O Google, por sua vez, investe na Isomorphic Labs, que prevê colocar um medicamento desenvolvido por IA em fase de testes até o fim de 2025.

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