Redatora
Publicado em 24 de fevereiro de 2025 às 16h09.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2025 às 16h30.
As demandas da inteligência artificial por poder computacional e energia podem resultar em poluição de ar que leve a 1.300 mortes prematuras por ano até 2030 nos Estados Unidos enquanto os gastos com saúde podem chegar a US$ 20 bilhões por ano.
As conclusões foram resultados de um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia Riverside (UCR) e do Instituto da Califórnia de Tecnologia (Caltech).
Segundo a pesquisa, produzir eletricidade suficiente para treinar o modelo de linguagem da Meta Llama-3.1 gera poluição atmosférica equivalente a dez mil viagens de carro entre Los Angeles e Nova York
A companhias de IA têm subestimado as consequências financeiras e humanas da alta demanda de energia pela tecnologia. "Se você olhar para os relatórios de sustentabilidade das empresas de tecnologia, eles apenas focam nas emissões de carbono, e alguns incluem água também, mas absolutamente não há menção a gases poluentes", diz o co-autor do estudo, Shaolei Ren, professor de engenharia e computação elétrica da UCR.
A corrida em torno da IA tem gerado aumento da emissão de material particulado de 2,5 micrôns e gases como óxido de nitrogênio.
Os autores do estudo sugerem que as comunidades mais impactadas por essa poluição recebam recompensas das empresas de tecnologia pelos danos provocados na saúde. Mas a poluição também se espalha atingindo diversas regiões. Por isso, mesmo que algumas localidades sejam reparadas, todo um país pode ser prejudicado.
Em algumas áreas, os prejuízos financeiros causados pela poluição da infraestrutura de IA excede o valor de energia pago por empresas de tecnologia. O estudo foi publicado na plataforma Arxiv.