As demandas da inteligência artificial por poder computacional e energia podem resultar em poluição de ar que leve a 1.300 mortes prematuras por ano até 2030 nos Estados Unidos enquanto os gastos com saúde podem chegar a US$ 20 bilhões por ano.
As conclusões foram resultados de um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia Riverside (UCR) e do Instituto da Califórnia de Tecnologia (Caltech).
Segundo a pesquisa, produzir eletricidade suficiente para treinar o modelo de linguagem da Meta Llama-3.1 gera poluição atmosférica equivalente a dez mil viagens de carro entre Los Angeles e Nova York
A companhias de IA têm subestimado as consequências financeiras e humanas da alta demanda de energia pela tecnologia. "Se você olhar para os relatórios de sustentabilidade das empresas de tecnologia, eles apenas focam nas emissões de carbono, e alguns incluem água também, mas absolutamente não há menção a gases poluentes", diz o co-autor do estudo, Shaolei Ren, professor de engenharia e computação elétrica da UCR.
A corrida em torno da IA tem gerado aumento da emissão de material particulado de 2,5 micrôns e gases como óxido de nitrogênio.
Quem são os mais prejudicados?
O estudo também indica que a poluição proveniente da infraestrutura da IA afeta de forma desproporcional comunidades de baixa renda por conta da sua proximidade com usinas de energia ou geradores.
Os autores do estudo sugerem que as comunidades mais impactadas por essa poluição recebam recompensas das empresas de tecnologia pelos danos provocados na saúde. Mas a poluição também se espalha atingindo diversas regiões. Por isso, mesmo que algumas localidades sejam reparadas, todo um país pode ser prejudicado.
Em algumas áreas, os prejuízos financeiros causados pela poluição da infraestrutura de IA excede o valor de energia pago por empresas de tecnologia. O estudo foi publicado na plataforma Arxiv.
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(O MIT Computer Science and Artificial Intelligence Laboratory (CSAIL), em Cambridge, Massachusetts, desenvolveu o sistema de diagnóstico de câncer de mama baseado em IA, reduzindo erros em 15%.)
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(O Google AI, com sede em Mountain View, Califórnia, criou o AlphaGo, o primeiro programa de IA a derrotar um campeão mundial de Go, revolucionando a pesquisa em aprendizado profundo.)
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Localizado em Londres, Reino Unido, o DeepMind Lab é famoso pelo desenvolvimento do AlphaFold, um programa de IA que previu estruturas de proteínas com precisão sem precedentes, impactando a biologia molecular.
(Localizado em Londres, Reino Unido, o DeepMind Lab é famoso pelo desenvolvimento do AlphaFold, um programa de IA que previu estruturas de proteínas com precisão sem precedentes, impactando a biologia molecular.)
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(O IBM Watson Research Center, em Yorktown Heights, Nova York, desenvolveu a IA Watson, que venceu campeões humanos no programa de TV Jeopardy!, demonstrando avanços significativos em processamento de linguagem natural.)
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(O Baidu Research Lab, em Pequim, China, é conhecido por seu sistema de reconhecimento de voz Deep Speech, que alcançou uma precisão de 97% na transcrição de áudio, superando as tecnologias anteriores.)
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(O Berkeley Artificial Intelligence Research (BAIR) Lab, na Universidade da Califórnia, em Berkeley, criou algoritmos avançados de robótica, incluindo o Dex-Net, que melhorou a precisão da manipulação robótica em 99%.)
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(O centro da Meta AI Research SuperCluster (RSC) tem um dos supercomputadores de IA mais rápidos da atualidade. Com ele, a empresa desenvolveu o sistema de tradução automática baseado em IA que suporta mais de 100 idiomas, melhorando a comunicação global em plataformas sociais da empresa.)