Santiago, no Chile: país lidera IA na América Latina (Getty Images)
Repórter
Publicado em 5 de novembro de 2024 às 14h35.
Última atualização em 5 de novembro de 2024 às 15h05.
O Chile, seguido pelo Brasil e Uruguai, figura no topo do Índice Latino-Americano de Inteligência Artificial (ILIA 2024), medição promovida pelo Centro Nacional de Inteligência Artificial (Cenia) e pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Com 73,07 pontos em uma escala de 100, o Chile lidera o índice, posicionando-se à frente do Brasil (69,30) e do Uruguai (64,98) em termos de preparo para a adoção e desenvolvimento de tecnologias de IA.
Segundo o estudo, esses países têm investido significativamente em infraestrutura, formação de talentos especializados e desenvolvimento de políticas de governança de IA, orientando-se para uma transformação digital ampla e inclusiva.
Para a Cepal, a IA pode ser um motor crucial para resolver desafios da região em saúde, educação e sustentabilidade ambiental, além de otimizar processos administrativos.
No entanto, o órgão alerta que, sem avanços urgentes em capacitação, infraestrutura e regulação, a tecnologia também pode acentuar desigualdades econômicas e sociais.
Embora o Chile lidere na região, o índice mostra que a América Latina, como um todo, está atrás das potências globais em IA. Países como Brasil e México avançam em pesquisa e inovação, com um número também crescente de novos negócios no setor, enquanto Chile e Uruguai destacam-se na governança e no desenvolvimento de infraestrutura tecnológica.
Entre os desafios está a retenção de talentos na região, onde países como Costa Rica e Uruguai são exceções, conseguindo atrair mais especialistas do que perdem.
Esses avanços mostram que, apesar dos obstáculos, a América Latina se posiciona para se tornar um polo de IA emergente, capaz de oferecer soluções tecnológicas inovadoras e atender demandas locais de maneira mais estratégica.