Inteligência Artificial

O país vizinho que deixou o Brasil para trás na criação de empresas de inteligência artificial

Embora ainda distante dos níveis das economias do Hemisfério Norte, América Latina vê um líder crescente em IA, que avança com destaque na infraestrutura e nas políticas para inteligência artificial e superando o Brasil

Santiago, no Chile: país lidera IA na América Latina (Getty Images)

Santiago, no Chile: país lidera IA na América Latina (Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 5 de novembro de 2024 às 14h35.

Última atualização em 5 de novembro de 2024 às 15h05.

O Chile, seguido pelo Brasil e Uruguai, figura no topo do Índice Latino-Americano de Inteligência Artificial (ILIA 2024), medição promovida pelo Centro Nacional de Inteligência Artificial (Cenia) e pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Com 73,07 pontos em uma escala de 100, o Chile lidera o índice, posicionando-se à frente do Brasil (69,30) e do Uruguai (64,98) em termos de preparo para a adoção e desenvolvimento de tecnologias de IA.

Segundo o estudo, esses países têm investido significativamente em infraestrutura, formação de talentos especializados e desenvolvimento de políticas de governança de IA, orientando-se para uma transformação digital ampla e inclusiva.

Para a Cepal, a IA pode ser um motor crucial para resolver desafios da região em saúde, educação e sustentabilidade ambiental, além de otimizar processos administrativos.

No entanto, o órgão alerta que, sem avanços urgentes em capacitação, infraestrutura e regulação, a tecnologia também pode acentuar desigualdades econômicas e sociais.

América Latina no cenário global da IA

Embora o Chile lidere na região, o índice mostra que a América Latina, como um todo, está atrás das potências globais em IA. Países como Brasil e México avançam em pesquisa e inovação, com um número também crescente de novos negócios no setor, enquanto Chile e Uruguai destacam-se na governança e no desenvolvimento de infraestrutura tecnológica.

Entre os desafios está a retenção de talentos na região, onde países como Costa Rica e Uruguai são exceções, conseguindo atrair mais especialistas do que perdem.

Esses avanços mostram que, apesar dos obstáculos, a América Latina se posiciona para se tornar um polo de IA emergente, capaz de oferecer soluções tecnológicas inovadoras e atender demandas locais de maneira mais estratégica.

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