Inteligência Artificial

OpenAI lança GPT-5 com acesso gratuito e promete desempenho de "especialistas com doutorado"

Nova versão da IA passa a operar em todos os perfis do ChatGPT, incluindo usuários não pagantes, e foi submetida a 5.000 horas de testes de segurança

Sam Altman: CEO da OpenAI (Chris Jung/NurPhoto/Getty Images)

Sam Altman: CEO da OpenAI (Chris Jung/NurPhoto/Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 7 de agosto de 2025 às 14h12.

Última atualização em 7 de agosto de 2025 às 16h58.

A partir desta quinta-feira, 7, todos os usuários do ChatGPT, inclusive os gratuitos, passam a ter acesso ao GPT-5, o modelo mais avançado de inteligência artificial da OpenAI[/grifar]. A mudança marca a primeira vez em que um sistema com raciocínio encadeado, capaz de pensar em etapas antes de responder, é oferecido sem custo.

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Na prática, isso significa que o ChatGPT ficará mais útil para tarefas complexas, como escrever textos mais estruturados, gerar códigos de programação, simular investimentos, revisar documentos e responder perguntas com base em múltiplas etapas de lógica.

O novo modelo foi treinado por 5.000 horas de testes de segurança e promete reduzir o número de erros, as chamadas "alucinações" — respostas factualmente incorretas. Também ganhou uma ferramenta chamada safe completions, que evita recusar perguntas difíceis, oferecendo respostas mais seguras, mesmo em temas sensíveis.

  • Para quem usa o ChatGPT grátis:
    O GPT-5 já está liberado para uso, com um limite diário de interações. Depois de atingir esse limite, o sistema passa a funcionar com o GPT-5 Mini, uma versão mais leve, mas ainda com qualidade superior aos modelos antigos.
  • Para quem assina o ChatGPT Plus (US$ 20/mês):
    Os assinantes terão limites mais altos de uso do GPT-5 e acesso a recursos adicionais. Já os usuários do plano Pro (corporativo) terão acesso ilimitado ao modelo completo.
  • Para empresas e universidades:
    Os planos ChatGPT Enterprise e ChatGPT Edu receberão o GPT-5 a partir da próxima semana, com foco em produtividade, ensino e análise de dados com privacidade reforçada.

O que dá para fazer com o novo GPT-5?

Durante o lançamento, a OpenAI demonstrou um exemplo de vibe coding — uma forma simplificada de criar aplicativos a partir de comandos escritos. Um usuário pediu à IA um app para ensinar francês, e o sistema gerou, em segundos, uma versão funcional com flashcards, testes e acompanhamento de progresso.

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Também foi mostrada a criação de textos com tom personalizado, respostas de suporte ao cliente, revisões jurídicas, resumos de artigos científicos e diagnósticos hipotéticos em saúde — tudo com mais precisão, fluidez e menos erros.

A OpenAI diz que o GPT-5 será como “ter uma equipe de especialistas com doutorado, disponível a qualquer hora, para qualquer assunto”.

Além disso, a empresa lançou três versões do modelo para desenvolvedores: gpt-5, gpt-5-mini e gpt-5-nano, que poderão ser integradas a aplicativos e plataformas com diferentes níveis de custo e desempenho.

Na mesma semana, a OpenAI também voltou ao open source, publicando dois modelos de código aberto voltados para projetos menores e personalizáveis, os primeiros desde o GPT-2.

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