Chief Technology Officer (CTO)
Publicado em 1 de julho de 2023 às 07h00.
Muito tem sido falado sobre a AI Gen, ou então, inteligência artificial (IA) generativa. Desde novembro do ano passado, quando o ChatGPT conquistou seu primeiro milhão de usuários, diversos eventos, papos e grupos de discussão estão sendo criados em torno desse tema e como podemos nos preparar para adaptar nossa vida e negócios para essa nova era.
Mas uma coisa, em especial, tem me chamado a atenção quando falamos desse tema: a capacidade que esse modelo tem em reconhecer o seu erro, aprender e seguir em frente. Sim, nossas capacidades criativa, empática e pensamento abstrato ainda são diferencias quando pensamos em modelos de IA mas, em muitas situações, nossas emoções tomam conta e influenciam nossas decisões.
E aí entra uma percepção: o que podemos aprender com essas três capacidades da tecnologia que tem revolucionado o mundo?
Projetada para analisar dados e padrões de forma objetiva, os modelos de inteligência artificial se concentram apenas em analisar os dados e perseguir a lógica apresentada a eles pelo algoritmo. Apenas. Não existe nenhum medo de julgamento por uma resposta a ser dada ou resultado gerado.
Aquele nosso famoso “mas o que vão pensar” não é uma trava para esses modelos e isso também é o que permite a detecção e correção rápida de um erro cometido na AI Gen. Se você parar por um momento agora e refletir sobre sua trajetória profissional, vai encontrar momentos onde você não fez algo por medo de errar ou por medo de ser julgado pelo erro cometido.
Uma outra característica que eu admiro desses modelos está relacionado a aprender com os seus próprios erros. Mais uma vez, esses modelos foram treinados para isso: se algum assinante não gostar da recomendação do conteúdo da EXAME, a inteligência artificial irá captar qual categoria de artigo foi a rejeitada, entender e não oferecer mais a esse leitor um artigo que ele não gosta.
Aprender com os seus próprios erros e responder ao cenário já com o aprendizado feito, é algo facilmente aplicável no nosso dia a dia enquanto pessoa – seja nos seus relacionamentos pessoais e profissionais.
Por fim, a rapidez como tudo isso acontece é algo inacreditável. Assim que a inteligência artificial detecta um erro que cometeu, ele é corrigido quase que instantaneamente e continua a execução da tarefa com erro identificado e sua capacidade de aprender com eles, para gerar melhores resultados.
Por vezes, nós ficamos presos a uma ideia e insistimos mais do que deveríamos. Ou, por termos nos apaixonado pela ideia, acabamos não vendo com tanta clareza que o resultado ou impacto não foi o que esperávamos. E aí, continuamos tentando mais um pouco, mais um tempo e causando danos e prejuízos aos nossos negócios.
Quando reflito sobre essas três capacidades da inteligência artificial generativa, podemos aprender valiosas lições. E falo isso com papel de quem já testou e vi que aplicar essas três características no meu dia a dia me levaram a um novo patamar profissional.
Podemos buscar uma abordagem mais objetiva e desapaixonada ao lidar com erros, reconhecendo e corrigindo prontamente de forma ágil. Além disso, ao aprender com nossos próprios equívocos e aplicar esse aprendizado em nossas ações futuras, podemos melhorar continuamente e alcançar resultados mais satisfatórios.
Meu convite a você é que faça alguns pequenos experimentos ao longo do seu dia para sentir essa diferença. Podemos evoluir pessoalmente e profissionalmente, aproveitando o melhor de ambos os mundos: a capacidade humana única e as vantagens da inteligência artificial generativa.