Inteligência Artificial

O currículo de um jovem bilionário da IA: descubra o que ele fez para chegar lá

De jogos na infância a US$1,8 bilhão em oito meses — a trajetória de Anton Osika, o sueco por trás da Lovable, mistura ciência, programação e timing perfeito

Anton Osika: o sueco por trás da Lovable (Reprodução)

Anton Osika: o sueco por trás da Lovable (Reprodução)

Publicado em 18 de agosto de 2025 às 10h57.

Última atualização em 18 de agosto de 2025 às 10h58.

Anton Osika começou como muitas crianças curiosas dos anos 2000: brincando de programar. Aos 12 anos, já criava joguinhos no computador, em casa, na Suécia. Mas, ao contrário da maioria, ele transformou essa curiosidade em um negócio bilionário de inteligência artificial ao fundar a Lovable, que vale US$ 1,8 bilhão. Hoje, com uma fortuna estimada em US$900 milhões, Osika lidera uma das startups de crescimento mais rápido do mundo, e chegou lá antes dos 30.

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Sua trajetória começa com um diploma em física pelo KTH, instituto de tecnologia em Estocolmo, e uma temporada no CERN, o laboratório europeu de física de partículas. Foi lá que percebeu que a ciência de ponta muitas vezes anda devagar demais para quem quer ver impacto real no mundo.

Desencantado com o ritmo acadêmico, Osika migrou para o setor privado. Passou por um fundo gestor de investimentos, se aproximou do ecossistema de tecnologia e, em 2017, cofundou a Depict AI, especializada em algoritmos de recomendação para e-commerce. A empresa passou pela Y Combinator, faturou US$1 milhão no primeiro ano e atraiu US$17 milhões em investimentos.

Mas quando o mercado de e-commerce desacelerou após a pandemia, Osika teve o que chama de “clic criativo”. O sucesso do ChatGPT o fez enxergar que o futuro estava nos modelos generativos. Enquanto ainda trabalhava na Depict, criou um projeto pessoal: o GPT Engineer, ferramenta de IA para automatizar a criação de software. Publicado no GitHub, o projeto viralizou entre desenvolvedores, e deu origem à próxima virada.

A startup que virou furacão

Em outubro de 2023, Anton saiu da Depict e fundou, com um ex-colega, a Lovable. A ideia parecia simples: transformar IA de geração de código em uma ferramenta tão acessível que qualquer pessoa poderia criar aplicativos, mesmo sem saber programar.

A primeira tentativa não pegou. Mas na segunda, sim. Em novembro de 2024, a Lovable foi relançada e, em um mês, já tinha faturado US$5 milhões. Em oito meses, bateu US$100 milhões em receita recorrente e, em julho de 2025, levantou uma rodada de US$200 milhões. Avaliação: US$1,8 bilhão. Metade do capital ficou com os fundadores.

Hoje, a Lovable lidera um novo movimento no setor: o vibe coding, em que a IA cria aplicações a partir de ideias, descrições e interações visuais — nada de linhas de código. A empresa disputa atenção com Figma, Wix, Google e até a OpenAI, mas aposta em algo que Anton repete em entrevistas: “o futuro da criação digital vai ser sem barreiras técnicas”.

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