Inteligência Artificial

Na meta de Zuckerberg para IA, gastos com chips podem chegar a US$ 18 bilhões em 2024

A empresa planeja adquirir 350.000 GPUs Nvidia H100 até o fim do ano, com um estoque total de 600.000 chips, visando reforçar a aposta em inteligência artificial gerativa

Mark Zuckerberg, CEO da Meta: empresa pagará US$ 30.000 por cada chip de IA da Nvidia  (Paul Morris/Getty Images)

Mark Zuckerberg, CEO da Meta: empresa pagará US$ 30.000 por cada chip de IA da Nvidia (Paul Morris/Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 12h54.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, revelou recentemente os planos ambiciosos da empresa para o setor de inteligência artificial (IA). Em um vídeo divulgado recentemente, Zuckerberg destacou a construção de uma infraestrutura massiva para suportar as iniciativas crescentes da Meta em IA gerativa.

Segundo ele, a empresa pretende adquirir cerca de 350.000 GPUs Nvidia H100, o chip mais potente de IA no mercado, até o final de 2024. Considerando outras GPUs similares, o total de chips da Meta pode chegar a aproximadamente 600.000 unidades.

Em entrevista ao The Verge, Zuckerberg reforçou a intenção da empresa de construir uma "inteligência geral" que torne as ferramentas de IA acessíveis e úteis no dia a dia de todos. Ele também mencionou a capacidade da Meta de realizar esses planos em uma escala que pode superar qualquer outra empresa individualmente.

As GPUs são essenciais para o nível de computação necessário no treinamento de grandes modelos que suportam serviços de IA gerativa, como o ChatGPT. Embora as GPUs da Nvidia sejam consideradas as melhores atualmente, outras empresas, incluindo a AMD, oferecem chips similares.

O custo estimado de uma única GPU Nvidia H100 gira em torno de US$ 30.000, podendo alcançar US$ 40.000. Se a Meta acumular 600.000 dessas GPUs, o investimento pode chegar a US$ 18 bilhões. Mesmo com possíveis descontos por volume ou a opção por GPUs mais baratas de outros fornecedores, o investimento ainda seria significativo.

Recalculando a rota

Esse movimento da Meta ocorre em um contexto onde a empresa vem priorizando a eficiência. Desde o final de 2022, mais de 20% da força de trabalho foi reduzida, e mais cortes são esperados.

Em 2022, a Meta investiu cerca de US$ 13 bilhões no Reality Labs, sua divisão de metaverso. Zuckerberg destacou a convergência entre os projetos de IA e metaverso da Meta, com a expectativa de que óculos com estilo AR, como os Ray-Bans da Meta, sejam uma forma comum de interação com a IA no futuro.

Os resultados financeiros completos da Meta para 2023 serão divulgados em fevereiro, oferecendo uma visão mais clara sobre a direção e o impacto financeiro desses investimentos.

Acompanhe tudo sobre:Metamark-zuckerbergInteligência artificial

Mais de Inteligência Artificial

Ex-engenheira de metaverso de Zuckerberg assume divisão de robôs da OpenAI

IA revoluciona a reprodução de uvas e aumenta eficiência em 400%

Manychat: aprenda a automatizar vendas no WhatsApp e Instagram com IA

O país vizinho que deixou o Brasil para trás na criação de empresas de inteligência artificial