Inteligência Artificial

Microsoft: 54% dos profissionais prefere trabalhar em empresas com IA integrada no dia a dia

Ainda assim, o relatório aponta que menos da metade das empresas entrevistadas investe em soluções de inteligência de artificial

Pedro Consoli
Pedro Consoli

Redator da Faculdade Exame

Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 05h00.

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O mundo corporativo está em tempo de mudanças profundas.

O vaivém entre trabalho remoto e híbrido nas grandes empresas, além da mudança de expectativa dos funcionários com a chegada da Geração Z no mercado são dois dos principais pontos de inflexão.

O impacto?

Nunca foi tão difícil para grandes empresas recrutarem e reterem talentos, pois, para as novas gerações, dinheiro não é tudo.

Acima de tudo, no entanto, vemos o crescimento vertiginoso da inteligência artificial, que deixou de ser um conceito futurista e virou uma ferramenta crítica para a manutenção de competitividade.

Janela de oportunidade

Uma pesquisa da Workday revela que metade dos CEOs acha que suas organizações não estão preparadas para receber a inteligência artificial, o que é tanto um gargalo quanto uma oportunidade.

Um relatório feito pela Microsoft em parceria com o LinkedIn mostra que a maioria dos funcionários já utiliza IA de alguma forma no trabalho – 78% dos que fazem uso da tecnologia pagam pelas ferramentas com o próprio dinheiro, sem qualquer auxílio da empresa.

45% dos executivos entrevistados, contudo, não investem em ferramentas de IA para seus próprios funcionários – e eles estão ficando para trás.

Lideranças que capitalizam sobre essa necessidade, apoiando seus funcionários a se especializarem e aproveitarem essas ferramentas estão observando impactos positivos tanto no recrutamento, quanto na retenção de colaboradores.

Julian Hayes II, mentor de executivos e colunista na Forbes, aponta duas áreas onde a inteligência artificial pode contribuir positivamente com a seleção e retenção de profissionais. As informações foram retiradas de sua coluna semanal na Forbes.

1. IA como catalisadora de produtividade

Um relatório da McKinsey estima que ferramentas de IA generativa devem aumentar a produtividade de funcionários de todas as áreas em 0,6% até 2040, o que deve gerar algo entre US$ 2.6 e US$ 4.4 trilhões anualmente.

Outra pesquisa aponta que, para funcionários especializados, a produtividade dispara em 40% em comparação com profissionais que não fazem uso da tecnologia.

“Mas, de nada adianta implementar IA sem antes estabelecer uma cultura pró-inteligência artificial na empresa,” escreve Hayes.

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O mesmo relatório da Microsoft, em parceria com o LinkedIn, mostra que 52% dos funcionários que utilizam IA não gostam de admitir que usam a inteligência artificial. Mais da metade deles acha que adotar a tecnologia os faz parecer substituíveis.

Outra revelação foi que 68% das pessoas se sentem sobrecarregada com seu respectivo volume de trabalho; outras 46% sentem burnout.

Devido a suas já conhecidas capacidades de automação, a IA pode ajudar a amenizar essa carga de trabalho, permitindo que os funcionários foquem em tarefas estratégicas.

“Adotar a IA aumenta a satisfação dos funcionários ao passo que cria uma cultura de eficiência e inovação que apoia os colaboradores, ao invés de ameaça-los,” explica.

2. IA como potencializadora do desenvolvimento de carreira

Conforme Millenials e Gen Z vão dominando o mercado de trabalho, suas prioridades atualizadas estão forçando empresas a mudarem. Reuniões de mentoria e trabalho com propósito são dois dos principais pedidos dos jovens colaboradores.

50% das habilidades do mercado de trabalho devem mudar até 2030 – com a popularização da IA generativa, esse número deve aumentar para 68%.

“Ainda que muitos tenham medo de serem substituídos pela IA, há amplo interesse em aprender como integrar a tecnologia em seu dia a dia,” conta Hayes. “É fundamental que CEOs desenvolvam uma clara filosofia de adoção à inteligência artificial.”

Um outro estudo, também da Microsoft, aponta que 54% dos funcionários recém-formados dão prioridade a empresas com IA integrada na operação diária.

Por outro lado, apenas 25% das organizações procuradas planejam oferecer treinamento de inteligência artificial para seus colaboradores – o que, para Hayes, é "um grande erro.”

Prioridade para quem ensina

Ele explica que soluções de IA beneficiam o desenvolvimento dos funcionários, pois são capazes de analisar dados de performance e recomendar programas ou iniciativas personalizadas de treinamento.

“O funcionário conquista as ferramentas que precisa para subir na carreira, e, em troca, a empresa recebe um profissional muito mais qualificado e leal, pois ele não deixará um lugar onde se sente valorizado,” finaliza.

É fato que a adoção de IA não é livre de desafios, mas os benefícios são maiores do que os obstáculos.

Tendo isso em vista, a EXAME + Saint Paul oferecem o Programa de Inteligência Artificial para C-Levels, CEOs, Conselheiros e Acionistas, um curso voltado para executivos que querem dominar as ferramentas mais modernas do mercado e solidificar seus legados com projetos de impacto à prova de futuro.

Ministrado por especialistas renomados, o curso promove possibilidades de networking direto com outros executivos de grandes empresas, como Amazon, Bradesco e JBS.

São quatro encontros presenciais de um dia e meio cada um, com aulas e momentos destinados a sessões de mentoria ou aplicação de projetos, onde o líder pode resolver problemas reais de suas empresas dentro da sala de aula. Além de abordar os fundamentos da IA, o curso explora como essas ferramentas podem ser aplicadas em áreas como análise de mercado, inovação e gestão de riscos.

Para CEOs, esse tipo de preparação é fundamental para maximizar os benefícios da IA sem cair nas armadilhas de expectativas irreais, além de oferecer técnicas para reduzir a resistência dos colaboradores.

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