Mark Zuckerberg: CEO da Meta (BRENDAN SMIALOWSKI / Colaborador/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 18 de julho de 2025 às 13h23.
Enquanto alguns comemoram mudanças na liderança, outros preferem seguir o antigo chefe para novos desafios – especialmente se forem bem pagos para isso. Este é o caso de Mark Lee e Tom Gunter, importantes pesquisadores de inteligência artificial ex-Apple, que agora se juntarão ao dream team de Mark Zuckerberg no Meta Superintelligente Labs (MSL), pouco após a contratação de seu antigo chefe, Ruoming Pang.
Segundo fontes da Bloomberg, Lee já iniciou seu trabalho na Meta após deixar a Apple recentemente, enquanto Gunter, que saiu da empresa no mês passado, começará em breve. Esses movimentos fazem parte da intensa competição por talentos em IA no setor de tecnologia, com a Meta, dona de Facebook e Instagram, se destacando com uma abordagem agressiva para recrutar a peso de ouro nomes importantes para sua iniciativa.
Mark Zuckerberg tornou a IA a principal prioridade da empresa, investindo pesadamente em funcionários e data centers para superar frustrações com o modelo Llama 4 ou o adiamento do Behemoth e se manter competitivo frente a rivais como OpenAI e Google. Para atrair Pang, a Meta ofereceu um pacote de compensação superior a US$ 200 milhões.
Lee foi o primeiro contratado por Pang na Apple, enquanto Gunter, engenheiro distinto, era considerado um dos membros mais seniores da equipe. Após sua saída da Apple, ele trabalhou em outra empresa de IA, antes de aceitar o novo desafio e se juntar a seus antigos colegas na Meta.
O recrutamento desses três nomes reflete a instabilidade contínua na equipe de modelos fundacionais da Apple, responsável pela tecnologia por trás da IA generativa da empresa. Nesse cenário, a empresa está, inclusive, considerando utilizar modelos externos, como o ChatGPT, da OpenAI, ou o Claude, da Anthropic, para aprimorar a assistente de voz Siri e outras funcionalidades nos dispositivos.
Enquanto isso, a Meta se beneficia dessa incerteza, oferecendo pacotes de compensação muito mais generosos do que os da Apple, o que tem levado a mais saídas na empresa de Tim Cook. Recentemente, Zuckerberg afirmou no Threads que a Meta investirá "centenas de bilhões de dólares em computação para construir superinteligência", com o objetivo de reunir uma equipe de elite em IA.