Inteligência Artificial: como jovens estão adotando novas ferramentas para obter informações, mas ainda preferem fontes humanas para confiança (Freepik)
Redatora
Publicado em 17 de junho de 2025 às 19h25.
Última atualização em 17 de junho de 2025 às 19h31.
A utilização de robôs conversacionais com IA, como o ChatGPT, tem se tornado uma tendência crescente entre os jovens, sendo cada vez mais adotada como fonte de informação.
No entanto, apesar desse avanço, a confiança do público ainda está voltada para as fontes humanas.
A informação é parte do relatório 2025 do Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo, que aponta o crescimento do uso de IA para obter dados e responder a perguntas, mas também destaca uma resistência dos usuários em confiar totalmente nas respostas geradas por máquinas.
O estudo foi conduzido pela empresa de pesquisa YouGov, com 97 mil pessoas de 48 países, incluindo Brasil, Colômbia e Argentina.
Os resultados mostraram que, embora o uso semanal de IA como fonte de informação seja relativamente baixo globalmente (apenas 7%), o número sobe entre os mais jovens, chegando a 12% para pessoas menores de 35 anos e 15% para aqueles com menos de 25 anos.
ChatGPT, da OpenAI, é a ferramenta mais utilizada para esse fim, seguida por Gemini, do Google, e Llama, da Meta.
O uso dessas ferramentas é especialmente apreciado por sua capacidade de personalizar e adaptar informações de forma mais eficiente às necessidades dos usuários.
Entre as funcionalidades mais procuradas estão o resumo de artigos (27%), tradução de conteúdos (24%) e até respostas sobre atualidades (18%).
No entanto, apesar da crescente adoção, a maioria dos entrevistados ainda prefere que os humanos desempenhem um papel central na produção e disseminação de informações.
Muitos expressam preocupações sobre a transparência e credibilidade da informação gerada por IA, temendo que ela seja menos confiável do que a proveniente de fontes tradicionais, como jornalistas e especialistas humanos.
Ao lado do crescimento do uso de IA, o X (antigo Twitter), continua sendo uma das principais fontes de informação digital.
O relatório observa que a resistência de usuários e empresas, após a aquisição do X por Elon Musk, não diminuiu significativamente seu impacto no cenário informativo. Em média, 11% dos entrevistados afirmam ter utilizado o X para se informar, número que se manteve estável, apesar das críticas.
Enquanto o X ainda mantém sua relevância, redes sociais alternativas, como Bluesky, Threads e Mastodon, têm apresentado baixo impacto no setor informativo, com sua utilização sendo mencionada por menos de 2% dos participantes da pesquisa.
*Com AFP.