Inteligência Artificial

Investimento da Amazon na startup de IA Anthropic será investigado no Reino Unido

Autoridade de Competição e Mercado (CMA) questiona se aporte equivale a uma aquisição

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 8 de agosto de 2024 às 14h25.

Última atualização em 8 de agosto de 2024 às 14h30.

A Amazon será oficialmente investigada no Reino Unido pelo investimento de US$ 4 bilhões (R$ 22,4 bilhões) na Anthropic, empresa de IA generativa criadora do LLM Claude. A Autoridade de Competição e Mercado do Reino Unido (CMA, sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira, 8, a abertura da investigação sobre o caso. O órgão questiona se o investimento da Amazon equivale a uma aquisição da Anthropic.

A big tech fez o investimento na empresa de IA em setembro de 2023. Na época, o primeiro aporte foi de US$ 1,25 bilhões (R$ 7 bilhões), com o restante realizado nos meses seguintes. No anúncio do investimento, foi confirmado que a Amazon teria uma parte da Anthropic e que a empresa usaria a AWS para seus serviços.

A Amazon afirma que a sua fatia na Anthropic não equivale à parte majoritária da empresa de IA. Já a empresa de IA divulgou uma nota para o TechCrunch dizendo que a Anthropic segue como uma companhia independente e que a Amazon não integra o seu conselho.

Amazon abriu o caixa para realizar um grande investimento na Anthropic, mas a CMA quer entender se isso foi uma aquisição

CMA de olho em estratégia das big techs

A notícia surge uma semana após a CMA revelar que estava lançando uma consulta pública sobre os laços do Google com a Anthropic. O gigante da internet investiu inicialmente US$ 300 milhões no ano passado, seguido por mais US$ 2 bilhões.

A startup de inteligência artificial é criadora do modelo de linguagem Claude, utilizado na sua IA generativa de mesmo nome. Recentemente, o chatbot Claude foi lançado no Brasil e em português. Já na terça-feira, a Anthropic contratou John Schulman, fundador da OpenAI.

Um ponto que chama a atenção da CMA nos últimos tempos é a contratação de funcionários das empresas que receberam o investimento. A estratégia é assim: uma empresa faz um grande investimento em uma companhia e meses depois contrata alguns dos empregados — desde diretores até as pessoas da parte mais técnica.

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