Redatora
Publicado em 3 de fevereiro de 2025 às 11h28.
Última atualização em 3 de fevereiro de 2025 às 11h28.
A inteligência artificial já impacta a bolsa de valores, mas ainda há poucas evidências do que essa tecnologia traz de ganhos de eficiência e de como isso será dividido.
Os títulos da Nvidia, uma das principais fornecedoras de chip para modelos de IA, por exemplo, haviam acumulado valor expressivo. Mas as ações da empresa caíram na semana passada com o sucesso inicial da startup chinesa da DeepSeek, cuja eficiência ameaça reduzir a quantidade necessária desses semicondutores.
No desenvolvimento de diversas tecnologias, demora certo tempo para que os efeitos da produtividade apareçam nos dados. Por enquanto, especialistas ainda se debruçam sobre as informações que existem e tentar projetar o que será do futuro.São estipulados no momento três possíveis cenários para o desenvolvimento da tecnologia. No primeiro, a IA traz prosperidade, e investidores e trabalhadores ganham; a promessa da IA não se concretiza e o dinheiro gasto na tecnologia não gera retorno; ou a IA enriquece quem detém a tecnologia, enquanto o restante da população fica desempregada.
Um relatório do Goldman Sachs estima que, até 2034, o PIB dos Estados Unidos será 2,3% maior em razão da IA. Outro relatório bastante otimista, dessa vez do Instituto McKinsey Global, projeta um salto de 5% a 13% do PIB até 2040.
Em um segundo cenário, a IA não entrega o ganho de produtividade esperado. O professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e vencedor do prêmio Nobel em ciências econômicas de 2024, Daron Acemoglu, estima que apenas 5% das tarefas hoje executadas por pessoas passarão a ser executadas por máquinas nos próximos dez anos. Além disso, a contribuição para o PIB será de apenas 1% na década.
Há também o cenário distópico em que a IA tira a maioria dos empregos, o que leva ao benefício apenas daqueles que detêm o algoritmo.