Estátua de São Pedro: na Praça de São Pedro, no Vaticano (Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 13 de novembro de 2024 às 15h03.
Última atualização em 13 de novembro de 2024 às 15h04.
A colaboração entre o Vaticano e a Microsoft está introduzindo um uso pioneiro da inteligência artificial (IA) na preservação cultural, com um projeto dedicado à proteção digital da Basílica de São Pedro.
Utilizando técnicas de fotogrametria e IA, a iniciativa captura com alta precisão os detalhes arquitetônicos e artísticos do local, assegurando que gerações futuras possam acessá-los em formato digital. Esse esforço de conservação não apenas preserva o patrimônio, mas também amplia sua acessibilidade para visitantes ao redor do mundo.
Com a criação de um “gêmeo digital” da basílica, a parceria entre o Vaticano e a Microsoft permite que visitantes explorem a igreja remotamente, criando uma experiência detalhada que se assemelha a uma visita física.
O uso de IA vai além da digitalização: a tecnologia auxilia também na gestão dos fluxos de visitantes e no monitoramento de conservação, otimizando a experiência e a integridade do espaço.
Além de suas aplicações na preservação cultural, o Vaticano tem expandido sua influência no campo da ética em IA. Em 2020, foi lançado o Rome Call for AI Ethics, documento que enfatiza a responsabilidade ética no desenvolvimento tecnológico.
Este compromisso, que conta com o apoio de empresas como Microsoft, IBM e Cisco, destaca princípios como transparência, inclusão e privacidade.
A iniciativa é acompanhada pelo recrutamento de especialistas em IA, incluindo o Frei Paolo Benanti, que aconselham o Vaticano sobre os aspectos técnicos e éticos da IA. Com essa abordagem multifacetada, o Vaticano busca garantir que o avanço tecnológico respeite a dignidade humana, servindo como referência moral no setor.