Inteligência Artificial

Imagens geradas pelo ChatGPT com estilo do Studio Ghibli levantam questões sobre direitos autorais

O problema: as leis de direitos autorais não protege estilos de conteúdo; mas a OpenAI pode ter infringido regras se usou os filmes do estúdio para treinar sua IA

A OpenAI, empresa liderada por Sam Altman, pode ter infringido direitos autorais se usou material sob proteção para treinar sua IA (Spirited Away/Reprodução)

A OpenAI, empresa liderada por Sam Altman, pode ter infringido direitos autorais se usou material sob proteção para treinar sua IA (Spirited Away/Reprodução)

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 28 de março de 2025 às 07h19.

Última atualização em 28 de março de 2025 às 10h30.

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Logo após o lançamento do gerador de imagem do ChatGPT com o modelo GPT-4o, a internet foi inundada com imagens geradas com o estilo do famoso Studio Ghibli. Um exemplo são imagens de outros filmes, como Senhor dos Anéis, Harry Potter e Star Wars, no estilo do estúdio.

Isso tem levantado questionamentos sobre possível violação de direitos autorais tanto por um possível treinamento de IA com as imagens quanto pela cópia de determinado estilo.

O advogado de propriedade intelectual Evan Brown diz que produtos como o gerador de imagens da OpenAI operam em uma área cinza hoje, reportou o site de notícias TechCrunch. Estilo não é protegido pela lei de propriedade intelectual e, por isso, a IA não estaria infringindo regras ao gerar imagens parecidas com a do Studio Ghibli.

Porém, Brown admite que é possível que o gerador tenha atingido um alto grau de semelhança por ter treinado seus modelos com conteúdo dos filmes de Ghibli. O que levanta a questão discutida nos últimos anos de quais são as implicações legais de copiar conteúdo da internet para bases de dados.

Um porta-voz da OpenAI disse ao TechCrunch que a empresa não permite que usuários utilizem o ChatGPT para copiar estilos de forma individual de artistas, mas de grandes estúdios, sim.

Atualmente, a OpenAI enfrenta processo judicial do New York Times, que alega que a empresa construiu seu modelo de IA por meio da “cópia e uso de milhões” de artigos do jornal para um negócio que compete de forma direta com o seu conteúdo.

Empresas de mídia do Canadá seguiram o mesmo caminho do New York Times e processaram a dona do ChatGPT usar seu material sem autorização para treinar IA. as empresas envolvidas incluem Torstar, Postmedia Network Canada, Globe and Mail, Canadian Press e CBC/Radio-Canada.

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