Chief Artificial Intelligence Officer da Exame
Publicado em 28 de setembro de 2024 às 12h48.
Última atualização em 28 de setembro de 2024 às 12h48.
O avanço da inteligência artificial (IA) está transformando setores de maneiras imprevisíveis. Na indústria musical, a IA gerou um sentimento comum entre os profissionais: o medo da substituição e da perda do espaço criativo humano. Em uma conversa recente com Fernando Bastos, músico e arranjador carioca, discutimos como esse sentimento também ressoa com as preocupações de líderes empresariais de diferentes áreas. O medo que músicos sentem em relação à IA é semelhante ao temor de executivos e gestores diante das mudanças trazidas por essas novas tecnologias.
Fernando me apresentou uma experiência com a Suno, uma IA de geração musical, que lhe forneceu uma música impressionante, porém com falhas no entendimento de especificações criativas. Essa situação ilustra bem as limitações atuais da IA e a importância de uma supervisão humana qualificada para garantir resultados alinhados às expectativas.
A conclusão principal da nossa discussão foi que a IA deve ser encarada como uma ferramenta de amplificação e inspiração, não como substituta do trabalho criativo.
Apesar do potencial da IA, Fernando percebeu que ela ainda tem limitações claras, como no caso da criação musical pela Suno, que interpretou erroneamente algumas especificações. Isso reflete a necessidade de supervisão humana. Nos negócios, compreender essas limitações tecnológicas é fundamental para não criar expectativas irreais e otimizar sua implementação nas operações.
Um ponto forte da nossa discussão foi a visão de Fernando de que a IA pode ser uma ferramenta para inspirar e ampliar o trabalho criativo, mas não substitui a criatividade genuína dos artistas. Para as empresas, a lição é clara: a verdadeira inovação ainda depende da intuição e criatividade humanas, que a IA deve amplificar, e não substituir.
Fernando destacou que entender as ferramentas de IA é crucial para os músicos, o que também se aplica aos líderes empresariais. A alfabetização em IA não é mais opcional para executivos, que precisam dominar esses recursos para tomar decisões informadas e implementar a tecnologia de forma eficaz.
Por fim, discutimos a importância da colaboração entre programadores e músicos para criar ferramentas de IA inovadoras. O mesmo vale para outros setores: criar ambientes que promovam a colaboração entre diferentes especialistas é fundamental para impulsionar a inovação dentro das empresas.