Apple avança em IA: a big tech espera ser melhor que os concorrentes em IA nativa para smartphones (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
Repórter
Publicado em 5 de agosto de 2023 às 16h33.
Última atualização em 5 de agosto de 2023 às 16h36.
Apple está fortalecendo sua expertise em inteligência artificial generativa (IA) com o objetivo de adaptá-la para iPhones e iPads.
Recentemente, a empresa de Cupertino iniciou uma onda de contratações para dezenas de funções em escritórios localizados em regiões como Califórnia, Seattle, Paris e Pequim.
O foco? Trabalhar em modelos de linguagem de grande porte (LLMs), softwares como o ChatGPT, capazes de gerar textos, imagens ou códigos plausíveis a partir de simples instruções.
Dentro do escopo de ação, equipes como a Machine Intelligence, Neural Design (MIND), estão em busca de pesquisadores e engenheiros.
Alguns dos projetos englobam pesquisas fundamentais sobre LLMs em seu laboratório em Paris, enquanto outros visam a compressão de modelos de linguagem existentes para que possam operar eficientemente em dispositivos móveis, em vez de na nuvem.
Embora concorrentes como a OpenAI, apoiada pela Microsoft, e o Google já tenham lançado produtos de IA generativa, como chatbots e assistentes de produtividade, os anúncios de emprego da Apple mostram um esforço para o ambiente mobile.
Esta é uma questão técnica ainda não superada por seus rivais, mas vital para o core business da Apple.
E apesar de ter se intensificado, o esforço da Apple não é recente: em 2020, a empresa adquiriu a startup de IA sediada em Seattle, Xnor, por quase US$ 200 milhões, e que opera modelos complexos de aprendizado de máquina em dispositivos móveis.
Em recente reunião com investidores, o CEO da Apple, Tim Cook, destacou a IA e o aprendizado de máquina como tecnologias fundamentais para a empresa.
O investimento em pesquisa e desenvolvimento no último trimestre aumentou US$ 3.1 bilhões em relação ao ano anterior, um crescimento parcialmente atribuído à IA generativa.
Executar software de IA em telefones - sem a necessidade de conexão à internet ou envio de dados para a nuvem - tem suas vantagens: aplicativos funcionam mais rapidamente e os dados do usuário são processados de forma mais segura e privada.
Logo, quando a privacidade tem sido uma bandeira da Apple, especialmente quando a comparação é feita com empresas como Google e Facebook, a empresa sai na frente com uma resposta às preocupações com a privacidade.