Repórter
Publicado em 18 de novembro de 2025 às 17h06.
Última atualização em 18 de novembro de 2025 às 17h07.
O Google intensificou a disputa no setor de inteligência artificial nesta terça-feira, 18, com o lançamento do Gemini 3, seu novo modelo de grande porte. A atualização, que melhora tarefas como geração de código, organização de e-mails e interpretação de documentos.
Grok 4.1 é liberado com promessa de salto em 'inteligência emocional'O modelo também passa a combinar texto e elementos gráficos em respostas mais contextuais, algo que o Google descreve como essencial para aplicações em viagens, arte e educação. A tecnologia será integrada ao app Gemini e ao AI Mode do Google Search, recurso conversacional que vem substituindo parte das buscas tradicionais.
O avanço da IA generativa, porém, vem acompanhado de um ruído crescente: o custo da infraestrutura necessária para operar modelos dessa escala. A indústria deve investir quase US$ 7 trilhões em data centers até 2030, segundo estimativas da McKinsey, alimentando a dúvida central do momento: será possível transformar esse investimento em receita antes que o ciclo de hardware se torne obsoleto?
Os testes divulgados pelo Google indicam que o Gemini 3 alcançou 72% de precisão em benchmarks padronizados, desempenho alto para modelos da categoria, segundo a empresa, e superior ao de rivais em vários testes públicos. A precisão pode subir quando o modelo estiver totalmente integrado ao mecanismo de busca, já que o sistema poderá cruzar respostas com informações em tempo real na internet.
A principal vantagem do Google, porém, não está apenas no modelo, mas em sua capacidade de distribuição. O app Gemini atingiu 650 milhões de usuários ativos mensais, quase o dobro dos 350 milhões registrados em março. Para acelerar a adoção, a empresa decidiu tornar gratuito seu plano Google AI Pro para universitários nos EUA — um benefício de cerca de US$ 240 por ano.
O movimento também reforça a competição no setor de nuvem. Empresas de grande porte já testam o Gemini 3 para transcrever reuniões multilíngues, organizar caixas de e-mail e resumir documentos corporativos, usos considerados essenciais para disputar com Microsoft e Amazon contratos empresariais de maior valor.
No último trimestre, a divisão de nuvem da Alphabet registrou alta de 33% na receita, chegando a US$ 15 bilhões, impulsionada justamente por serviços ligados à IA.