Inteligência Artificial

Gênios da IA já valem mais de R$ 500 milhões: ex-VP do Google acha valor 'pechincha'

Meta e Google tem intensificado esforços para reter e atrair profissionais de alto nível em meio à corrida da inteligência artificial

Alexandr Wang, então CEO da Scale AI, agora faz parte da Meta (Ekin Kizilkaya/Getty Images)

Alexandr Wang, então CEO da Scale AI, agora faz parte da Meta (Ekin Kizilkaya/Getty Images)

Publicado em 22 de julho de 2025 às 16h31.

Última atualização em 23 de julho de 2025 às 07h53.

Ofertas milionárias para contratar especialistas em inteligência artificial estão se tornando comuns e podem compensar. Para Laszlo Bock, ex-vice-presidente de RH do Google, pagar até US$ 100 milhões (mais de R$ 500 milhões) por um talento de alto nível pode ser uma decisão estratégica e até mais barata do que comprar startups por completo.

Disputa por talentos impulsiona ofertas bilionárias

De acordo com Bock, a Meta estaria oferecendo até US$ 100 milhões para contratar nomes de peso da OpenAI — proposta classificada como “loucura” por Sam Altman, CEO da organização. Para o ex-executivo do Google, esse valor pode ser considerado vantajoso frente aos possíveis ganhos com inovação e frente à perda de talentos para concorrentes.

A Meta fez recentes contratações de nomes como Nat Friedman, ex-GitHub, e ex-pesquisadores da própria OpenAI. No mês passado, também investiu US$ 14,3 bilhões em uma participação na Scale AI, incorporando o CEO Alexandr Wang ao seu time. O Google, por sua vez, recontratou os fundadores da Character.AI em um acordo de US$ 2,7 bilhões.

Bock argumenta que comprar talentos por US$ 100 milhões pode ser mais barato do que comprar empresas inteiras e lembra que, para gigantes como a Meta, esse valor representa um “erro de arredondamento”. A companhia chegou a apresentar uma receita de US$ 164,5 bilhões em 2024.

Estratégias agressivas

O ex-Google revelou que, durante sua gestão, o RH conseguia preparar contrapropostas milionárias em até uma hora para tentar reter profissionais cobiçados por rivais. Ele também descreveu táticas da "teoria dos jogos" como forma de elevar ofertas para inflacionar salários nos concorrentes e desestabilizar a cultura interna de empresas rivais.

Para Bock, o cenário atual é uma continuidade dessas estratégias, agora intensificadas pela alta demanda por especialistas em IA. “Feito corretamente, há muita estratégia real por trás e é superdivertido”, comentou.

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