Inteligência Artificial

Forbes: para CEOs, quase um terço dos maiores desafios de 2025 está relacionado à IA

Dos 20 maiores desafios para CEOs, 6 são relacionados à inteligência artificial

 (iStock/Reprodução)

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Pedro Consoli
Pedro Consoli

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Publicado em 26 de fevereiro de 2025 às 15h43.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2025 às 16h03.

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À medida que a inteligência artificial se consolida como um elemento estrutural da economia global, os CEOs enfrentam uma nova dinâmica de tomada de decisão. A crescente interdependência entre IA e estratégia empresarial exige uma abordagem sofisticada, que transcenda a simples adoção tecnológica e alcance os âmbitos ético, organizacional e competitivo.

O Expert Panel da Forbes, um grupo composto por vários executivos dos mais diversos setores, compilou alguns dos principais desafios que CEOs irão enfrentar em 2025, dando conselhos sobre como essas lideranças podem superá-los. O artigo destaca que os desafios mais urgentes da liderança corporativa estão intrinsecamente ligados à IA.

Dos 20 pontos destacados na matéria, seis estão diretamente relacionados à inteligência artificial; entre eles:

1. Gerenciamento da ética e desinformação na era da IA

Ao passo que expande fronteiras tecnológicas, a inteligência artificial também impõe novos dilemas éticos. O acesso ampliado a ferramentas de IA coloca nas mãos de profissionais menos experientes um poder analítico que, no passado, exigia anos de expertise. Paralelamente, a disseminação de desinformação e manipulação digital tornou-se uma ameaça real, desafiando a credibilidade das organizações.

O desafio: a proliferação de deepfakes, algoritmos enviesados e conteúdos gerados artificialmente pode corroer a confiança do mercado e criar um ambiente de incerteza. Em um mundo onde a percepção se tornou tão valiosa quanto a realidade, CEOs precisarão estabelecer novos parâmetros para garantir autenticidade e transparência.

A resposta estratégica: liderança e coragem tornam-se elementos centrais para CEOs que buscam orientar suas organizações diante desse cenário. Construir uma cultura de responsabilidade digital, estabelecer protocolos rigorosos de governança de dados e fomentar o pensamento crítico dentro da empresa são passos essenciais para mitigar os riscos associados à desinformação.

2. Equilíbrio da inteligência humana com a artificial

O debate sobre IA tem sido marcado por extremos: por um lado, a supervalorização da automação e, por outro, o receio de que a tecnologia substitua o pensamento humano. Em um ambiente corporativo que exige visão estratégica, a solução não está na dicotomia, mas na convergência.

O desafio: CEOs precisam construir um modelo de inteligência coletiva que integre o melhor da capacidade analítica da IA com a sensibilidade e o discernimento humanos. O risco está em confiar excessivamente na tecnologia, negligenciando a complexidade das decisões que exigem julgamento contextual.

A resposta estratégica: A chave para essa fusão está no desenho de interações complementares entre humanos e máquinas. Organizações que conseguirem criar um ciclo virtuoso entre análise algorítmica e tomada de decisão baseada em experiência estarão mais preparadas para capturar valor de forma sustentável. Isso passa por investimentos em governança de dados, clareza regulatória e uma estrutura organizacional que favoreça a colaboração entre tecnologia e capital humano.

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3. Acomapanhar a transformação do marketing impulsionada por IA

O impacto da IA no marketing vai além da automação de processos. Algoritmos avançados estão remodelando as regras do jogo, alterando padrões de engajamento e exigindo que empresas recalibrem sua comunicação em tempo real.

O desafio: o dinamismo das redes sociais e as mudanças constantes nos algoritmos exigem que CEOs garantam velocidade e precisão na adaptação de suas estratégias. A inércia pode levar à perda de relevância e, consequentemente, de mercado.

A resposta estratégica: a agilidade se torna um imperativo. Empresas devem estruturar times de marketing que operem com uma mentalidade iterativa, testando e ajustando campanhas em ciclos curtos. A IA deve ser usada não apenas para automação, mas para prever padrões de comportamento e criar experiências hiperpersonalizadas, alinhadas às expectativas dos consumidores.

4. Avaliação de riscos e estratégias para adoção da IA

A ascensão da IA generativa redefine paradigmas, mas também levanta questionamentos críticos. Em um cenário de inovação acelerada, CEOs precisam de clareza sobre sua posição na curva de adoção e sobre os riscos inerentes a essa transformação.

O desafio: a implementação de IA traz consigo riscos que vão desde vulnerabilidades de segurança até desafios de conformidade regulatória. Mais do que nunca, líderes precisarão adotar uma postura proativa para mapear ameaças e antecipar impactos.

A resposta estratégica: a abordagem ideal não é defensiva, mas investigativa. CEOs devem liderar com curiosidade, fazendo as perguntas certas: quais inovações são, de fato, disruptivas? Como garantir que a adoção da IA esteja alinhada ao propósito e aos valores da empresa? A resposta passa pela construção de frameworks robustos de mitigação de riscos e pela busca de um equilíbrio entre inovação e governança.

5. Implementar IA de forma ética

A adoção de IA não pode ser desassociada da responsabilidade corporativa. O impacto sobre a privacidade de dados, o redesenho da força de trabalho e a necessidade de transparência exigem que CEOs lidem com a implementação da tecnologia de maneira estruturada e ética.

O desafio: empresas que não estabelecem diretrizes claras para o uso de IA correm o risco de enfrentar reações negativas de clientes, investidores e reguladores. A falta de uma estrutura ética pode comprometer a credibilidade institucional e gerar efeitos adversos de longo prazo.

A resposta estratégica: CEOs devem definir princípios de IA responsável, reforçar políticas de proteção de dados e garantir que a equipe esteja preparada para lidar com as mudanças tecnológicas. A comunicação sobre o papel da IA dentro da organização precisa ser clara e embasada em valores sólidos, reforçando a confiança dos stakeholders.

6. Como adotar IA generativa sem comprometer valores corporativos

A IA generativa oferece um novo horizonte de possibilidades, mas sua incorporação sem critérios pode diluir a identidade organizacional e criar desalinhamentos estratégicos.

O desafio: a linha entre eficiência e despersonalização é tênue. O uso excessivo de IA generativa pode afastar a organização de seus valores fundamentais e transformar a inovação em um processo mecânico, desconectado da cultura da empresa.

A resposta estratégica: CEOs devem liderar a adoção da IA generativa sob uma perspectiva estratégica, tratando a tecnologia como um parceiro na construção da criatividade e da produtividade. A chave está na definição de um framework que equilibre automação e autenticidade, garantindo que a inovação sirva à estratégia, e não o contrário.

A IA como eixo estruturante da liderança corporativa

O avanço da inteligência artificial redefine não apenas os modelos operacionais, mas a própria essência da liderança. Em 2025, os CEOs não serão apenas responsáveis por adotar novas tecnologias – serão desafiados a moldar o futuro da governança corporativa em um ambiente onde IA e estratégia caminham lado a lado.

A questão central não é mais sobre a viabilidade da IA, mas sobre a capacidade das lideranças de utilizá-la como um catalisador de valor. O diferencial competitivo das empresas não estará apenas na tecnologia que adotam, mas na clareza estratégica com que a integram ao seu DNA.

Tendo isso em vista, a EXAME + Saint Paul oferecem o Programa de Inteligência Artificial para C-Levels, CEOs, Conselheiros e Acionistas, um curso voltado para executivos que querem dominar as ferramentas mais modernas do mercado e solidificar seus legados com projetos de impacto à prova de futuro.

Ministrado por especialistas renomados, o curso promove possibilidades de networking direto com outros executivos de grandes empresas, como Amazon, Bradesco e JBS.

São quatro encontros presenciais de um dia e meio cada um, com aulas e momentos destinados a sessões de mentoria ou aplicação de projetos, onde o líder pode resolver problemas reais de suas empresas dentro da sala de aula. Além de abordar os fundamentos da IA, o curso explora como essas ferramentas podem ser aplicadas em áreas como análise de mercado, inovação e gestão de riscos.

Para CEOs, esse tipo de preparação é fundamental para maximizar os benefícios da IA e superar os desafios da tecnologia com mais destreza. Com uma aplicação mais suave e sem preocupações éticas, a resistência dos colaboradores – que também é outro desafio frequente – costuma ser menor.

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