Mark Zuckerberg e Alexandr Wang: CEO e diretor de IA da Meta (Getty Images)
Redator
Publicado em 21 de agosto de 2025 às 13h53.
Última atualização em 22 de agosto de 2025 às 07h16.
Após meses de intensa movimentação, a Meta congelou as contratações para sua divisão de inteligência artificial, segundo o Wall Street Journal. O saldo da agressiva ofensiva da empresa: mais de 50 pesquisadores e engenheiros de IA recrutados.
No total, foram contratados mais de 20 pesquisadores e engenheiros ex-OpenAI, o principal alvo de Mark Zuckerberg desde o início, além de ao menos 13 vindos do Google, três da Apple, três da xAI e dois da Anthropic.A medida, que entrou em vigor na semana passada, coincide com uma reestruturação interna na divisão e também impede a movimentação de funcionários entre as equipes. A empresa não divulgou a duração do congelamento, mas exceções poderão ser feitas caso haja autorização do diretor de IA da Meta, Alexandr Wang.
Ao Wall Street Journal, a empresa confirmou o congelamento, classificando a ação como parte de um “planejamento organizacional básico” necessário para estabelecer uma estrutura sólida para seus esforços em superinteligência (como a Meta chama a inteligência artificial geral, AGI), após as recentes contratações e os exercícios anuais de orçamento e planejamento.
Em um cenário no qual todas as principais empresas de IA estão contratando agressivamente, a Meta se destacou por suas ações mais incisivas, oferecendo pacotes de remuneração de nove dígitos a pesquisadores renomados e utilizando acquihires para captar líderes de startups.
No entanto, essa estratégia, embora possa reposicionar a Meta na disputa pela IA, tem gerado preocupações quanto aos elevados custos com compensação em ações, que poderiam impactar o retorno para os acionistas.
A recente reestruturação dividiu as operações de IA da Meta em quatro equipes: uma dedicada à superinteligência, chamada TBD Lab, que inclui muitos dos novos contratados; outra focada em produtos de IA; uma terceira em infraestrutura; e a quarta voltada para projetos de longo prazo e mais exploratórios, chamada Fundamental AI Research, que permaneceu na maioria intacta na reorganização.
Anteriormente, a Meta possuía uma equipe chamada AGI Foundations, que trabalhava nos modelos mais recentes da família Llama. No entanto, após o lançamento insatisfatório da última versão em abril, Mark Zuckerberg se envolveu pessoalmente na busca por talentos da IA, reunindo-os no recém-criado Meta Superintelligente Labs (MSL), liderado por Wang.