Inteligência Artificial

EvolutionaryScale capta US$ 142 milhões para avançar IA na biotecnologia

Startup busca acelerar descoberta de medicamentos e engenharia biológica com novos modelos de IA

Alexander Rives: fundador e CEO da EvolutionaryScale

Alexander Rives: fundador e CEO da EvolutionaryScale

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 25 de junho de 2024 às 16h09.

Última atualização em 25 de junho de 2024 às 16h21.

A EvolutionaryScale, startup de inteligência artificial voltada para a biologia, anunciou nesta terça-feira, 25, a captação de US$ 142 milhões em financiamento. A rodada foi liderada por Nat Friedman, Daniel Gross e Lux Capital, com a participação da Amazon Web Services (AWS) e do braço de capital de risco da NVIDIA.

Quem vai vencer a corrida pela melhor IA?

Comandada por Alexander Rives, a empresa tem como objetivo utilizar sua IA em diversas aplicações, desde a aceleração da descoberta de medicamentos até a engenharia de micróbios capazes de decompor plásticos no meio ambiente, conforme explicou Alex Rives, cientista-chefe da EvolutionaryScale.

A utilização de IA para desenvolver novos sistemas biológicos é atualmente um campo de grande interesse. Em maio, a OpenAI, apoiada pela Microsoft, anunciou uma parceria com a farmacêutica francesa Sanofi para impulsionar seus projetos de desenvolvimento de medicamentos utilizando IA.

Contudo, especialistas alertam sobre o potencial da IA generativa para criar armas biológicas, auxiliando no desenvolvimento de patógenos ou toxinas prejudiciais.

Os recursos captados pela EvolutionaryScale serão destinados ao treinamento da próxima geração de seus modelos de IA e à formação de uma equipe para parcerias com a indústria de biotecnologia, informou Rives. A empresa está lançando modelos denominados ESM3, sendo que o menor será disponibilizado como código aberto para pesquisa não comercial, enquanto a AWS e a NVIDIA comercializarão os modelos, incluindo o maior deles.

A EvolutionaryScale revelou que utilizou o ESM3 para desenvolver uma nova proteína fluorescente, que divergiu do caminho evolutivo das proteínas fluorescentes naturais, um processo que teria levado cerca de 500 milhões de anos na natureza.

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