Redatora
Publicado em 4 de fevereiro de 2025 às 14h31.
Última atualização em 4 de fevereiro de 2025 às 14h31.
Companhias de inteligência artificial da Europa e institutos de pesquisa se juntaram para criar modelos de linguagem de IA em código aberto. O projeto OpenEuroLLM tem o intuito de avançar as capacidades de IA da Europa, enquanto o continente corre o risco de não conseguir acompanhar concorrentes dos Estados Unidos e da China.
“O projeto OpenEuroLLM está alinhado com o imperativo de melhorar a competitividade digital e soberania da Europa”, afirmou o consórcio em nota divulgada nesta segunda-feira, 3.
A colaboração reúne 20 organizações. Entre elas estão as startups alemãs Aleph Alpha e Ellamind, a francesa LightOn, a finlandesa Silo GenAI e a espanhola Prompsit Language Engineering. O consórcio também conta com a participação de centros da iniciativa Computação de Alta Performance Europeia (EuroHPC), que reúne países da Europa e parceiros privados para construir um ecossistema de supercomputação no continente.
O financiamento do OpenEuroLLM vem da Comissão Europeia dentro do Programa Digital Europeu e o grupo começou a atuar em primeiro de fevereiro deste ano.
O projeto afirma que irá democratizar o acesso a IA de alta qualidade e fortalecer a capacidade de empresas europeias competirem em nível global a partir de um modelo de IA transparente e de código aberto. Por ser modelo de multilinguagem, a IA feita pelo projeto deverá “preservar diversidade cultural e linguística”.Essa tecnologia deve ser desenvolvida dentro do modelo regulatório da União Europeia, cujo parlamento aprovou o EU AI Act em junho de 2023, e em alinhamento com “os valores europeus”.
Segundo o Financial Times, a Europa tem startups promissoras de IA, mas elas não atuam no desenvolvimento de grandes modelos de linguagem (LLM).
Caso o continente não consiga se consolidar no desenvolvimento de IA, empresas e consumidores da região ficarão dependentes de plataformas dos Estados Unidos ou da China. Isso traz preocupações, em especial, durante o atual governo de Donald Trump, em que há maior possibilidade de endurecimento das relações comerciais.