Relatórios mostram que a IA não gera ROI sozinha: a demanda por habilidades complexas e o toque humano disparou em (Getty Images). (Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 17 de outubro de 2025 às 16h52.
A IA generativa evolui em dois caminhos distintos, e a forma como as empresas navegam essa divisão — entre construtores e consumidores — define se a tecnologia gera valor ou apenas frustração. O especialista Enrique Dans, para a Fast Company, identificou duas categorias de uso corporativo da IA:
O problema é que o uso estratégico, aquele que realmente muda o jogo, está falhando.
O Massachusetts Institute of Technology (MIT) descobriu recentemente que 95% dos projetos piloto de IA generativa corporativa falham. O motivo: a maioria das organizações evita o "atrito", buscando substituições simples em vez de confrontar questões difíceis de governança de dados, integração e controle.
Para Dans, o maior obstáculo é a falta de transparência dos modelos de linguagem das grandes plataformas (LLMs): eles são caixas-pretas.
Para uma organização, essa falta de transparência é fatal. Não é possível construir processos críticos de missão em sistemas cuja lógica é desconhecida e cujas respostas podem ser monetizadas sem aviso.
Usuários sofisticados já migram dos LLMs prontos para construir assistentes pessoais: sistemas que conhecem seu contexto e se integram às suas ferramentas. Essa mudança cria a "IA sombra" (shadow AI), em que funcionários trazem seus próprios modelos treinados para o trabalho, fora do controle de TI.
O desafio de governança é enorme: se um funcionário de alto nível cria um agente pessoal treinado com dados proprietários, a empresa arrisca perder controle ou talento. O modelo de governança corporativa tradicional, desenhado para software compartilhado, não está pronto para "companheiros digitais semi-autônomos".
Ao mesmo tempo, as empresas vislumbram o futuro: agentes de IA que substituem software-as-a-service (SaaS). Plataformas como a Salesforce já se reinventam em torno de fluxos de trabalho com agentes. Empresas como a Klarna já anunciaram que irão aposentar provedores SaaS em favor da IA.
A questão é a confiança. Se a próxima plataforma de uma empresa automatiza funções sensíveis, ela pode se dar ao luxo de terceirizar isso para uma caixa-preta que não pode inspecionar?
Por isso, o código aberto (open source) é a resposta. Ele oferece soberania e confiabilidade. Dans cita o exemplo da China: pressionadas por restrições de hardware, as empresas chinesas migraram agressivamente para modelos open source, alcançando progresso notável graças à transparência e à colaboração do ecossistema.
O futuro pertence a quem exige transparência e soberania, o que significa construir sobre o código aberto, e não sobre a opacidade proprietária. Do contrário, a empresa está apenas alugando uma inteligência que não controla.
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