Inteligência Artificial

Entenda a jogada de Musk ao ofertar compra da OpenAI por US$ 97,4 bilhões

Apesar de parecer uma bravata, o bilionário tem intenções maiores

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 13 de fevereiro de 2025 às 07h45.

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O CEO da OpenAI, Sam Altman, rejeitou a proposta do bilionário Elon Musk para comprar o braço sem fins lucrativos da empresa. Em um tuíte de resposta a Musk, ele se ofereceu para comprar o X (antigo Twitter) por US$ 9,74 bilhões "se você quiser". Mas recursar a oferta não é tão simples quanto parece, de acordo com especialistas ouvidos pelo TechCrunch.

A OpenAI foi fundada como organização sem fins lucrativos, mas mudou para uma estrutura de lucro limitado em 2019. Essa entidade é a única acionista controladora da OpenAI corporativa de lucro limitado que mantém a responsabilidade fiduciária formal em relação à missão da organização original.

Musk processou a OpenAI e Sam Altman por abandonar sua missão inicial e reservar a tecnologia mais avançada para clientes  privados. O bilionário argumentou que o objetivo da dona do ChatGPT havia se tornado gerar lucro para a Microsoft.

Agora, a OpenAI está em um processo de reestruturação para se tornar uma tradicional empresa que visa lucros e, assim, levantar mais capital. Mas, o processo aberto por Musk pode atrapalhar a transição da empresa.

Procuradores-gerais da Califórnia e de Delaware pediram mais informações à OpenAI sobre seus planos de conversão. Ao oferecer US$ 97,4 bilhões pela controladora da empresa, Musk mostra que há pelo menos um grupo de investidores dispostos a adquirir os ativos, o que deixa o conselho de diretores contra a parede.

Agora, a companhia terá de demonstrar que não está vendendo o braço sem fins lucrativos da empresa para uma pessoas de dentro com um grande desconto.

Por outro lado, leis corporativas dão bastante autoridade para que conselhos rejeitam as ofertas de compras não solicitadas. A OpenAI poderia argumentar que a proposta de Musk é hostil dada a inimizade entre ele e Altman ou que a proposta do bilionário não tem credibilidade, já que a companhia já está no processo de reestruturação.

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