Inteligência Artificial

DocuSign lança solução que valida assinatura por “selfie em vídeo”

Novo formato de verificação de identidade utiliza inteligência artificial (IA) para garantir camada extra de proteção

Mulher olhando para o smartphone: recurso já está disponível (Getty Images/Getty Images)

Mulher olhando para o smartphone: recurso já está disponível (Getty Images/Getty Images)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 20 de junho de 2023 às 17h43.

Última atualização em 20 de junho de 2023 às 17h48.

A empresa de assinaturas eletrônicas DocuSign (D1OC34) apresenta o recurso “Liveness for IDV” ao mercado brasileiro nesta terça-feira, 20. O novo formato de verificação de identidade utiliza inteligência artificial (IA) para validar a assinatura e garantir uma camada extra de proteção.

A DocuSign tem como seu carro-chefe o “eSignature”, que possibilita a assinatura eletrônica de documentos em qualquer dispositivo. No primeiro trimestre do ano, a empresa teve receita de US $ 661 milhões, um salto de 12% em comparação ao ano anterior.

Já a receita de assinatura aumentou na mesma porcentagem, para US $ 639 milhões. Hoje, a empresa tem mais de 1,3 milhão de clientes e um bilhão de usuários.

“Já sabemos que os contratos inteligentes são o futuro e a IA será uma aliada importante nessa frente”, revela Norbert Otten, diretor de consultoria de soluções e assuntos públicos da DocuSign LATAM, em entrevista exclusiva à EXAME. 

Como funciona?

Através do “Liveness for IDV”, a inteligência artificial pode ser aplicada às selfies em vídeos ao vivo para ajudar a confirmar a autenticidade dos documentos de identidade fornecidos. Assim, é possível confirmar que os assinantes estão fisicamente presentes e que as fotos correspondem à dos signatários. 

A solução também habilita outros métodos de verificação, como a autenticação por SMS, autenticação por telefone (ligação) e o envio de código de acesso. 

Os documentos continuam sendo assinados com o método “eSignature”, mas agora com a possibilidade de uma camada adicional de autenticação para acessar documentos de casos mais sensíveis. “Embora não seja necessária em todos os tipos de contratos, sabemos que é essencial para muitas transações de alto valor”, explica Otten. 

A ideia é que diferentes segmentos do mercado possam concluir seus contratos de maneira mais eficiente, como nas áreas de:

  • Finanças: contratos de empréstimos ou de ordens de pagamento;
  • Seguros: apólices de seguros, notificações, acordos ou contratos de resseguros;
  • Habitação: contratos de compras e aluguel de imóveis com testemunhas;
  • Saúde: receitas médicas e pedidos de reembolso de despesas hospitalares;
  • Emprego: contratações, demissões e contratos de trabalho.

Para detecção de fraudes ou até o uso de deepfakes, a DocuSign realiza três tipos de verificação quando recebe um vídeo: autenticidade visual; integridade da imagem e comparação do rosto. “Nosso modelo analisa a textura de cada frame do vídeo para verificar se são consistentes”, comenta o diretor.

As imagens detectadas pelo Liveness não são armazenadas pela DocuSign, e sim analisadas diretamente pela Onfido, parceira de verificação digital. A foto fica armazenada por um período pré-definido de 90 dias e depois é descartada, mas qualquer signatário pode entrar em contato com a plataforma e  solicitar que a sua imagem seja deletada. 

"Estamos muito entusiasmados em lançar uma tecnologia eficaz de verificação de identidade para oferecer aos nossos clientes no Brasil um nível ainda mais alto de segurança, por meio de processos cada vez mais simples", disse o diretor.

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