Jensen Huang, CEO da Nvidia: teste mostra que chips chineses estão diminuindo a distância dos americanos
Redação Exame
Publicado em 4 de fevereiro de 2025 às 16h29.
A DeepSeek divulgou testes com os aceleradores Ascend 910C, da Huawei, e concluiu que os chips atingem 60% do desempenho da GPU H100, da Nvidia, em inferência. Com fabricação local e custo reduzido, esse nível de performance já é visto como um passo importante para reduzir a dependência chinesa de tecnologia estrangeira no setor de inteligência artificial.
Um dos principais trunfos da Nvidia no domínio da IA está na otimização entre hardware e software, graças à plataforma CUDA. Para contornar essa vantagem, a DeepSeek otimizou sua IA para ter suporte nativo aos aceleradores Ascend e criou um repositório PyTorch que permite conversão simplificada de CUDA para CUNN, o sistema utilizado pelo hardware da Huawei.
O Ascend 910C é uma evolução do modelo original lançado em 2019. Embora mantenha 53 bilhões de transistores, a grande mudança está na fabricação: antes dependente da TSMC, que utilizava tecnologia N7+, o novo chip agora é produzido internamente pela SMIC, usando litografia de 7nm da geração N+2.
Apesar do avanço, a DeepSeek reconhece que a China ainda enfrenta desafios no treinamento de modelos de IA. Segundo Yuchen Jin, representante da empresa, o desempenho em inferência dos chips Huawei já representa um grande avanço, mas a defasagem em poder de processamento para treinar modelos segue sendo um obstáculo para a independência tecnológica do país.