Portrait of Edmond Bellamy, na casa de leilão Christie’s, em Nova Iorque (Timothy A Clary/AFP/Getty Images)
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Publicado em 4 de junho de 2024 às 15h25.
Uma obra de arte entrou para a história em 2018, mas não pelo rigor de seus traços ou pela excelência na representação das emoções humanas. Ela ficou mundialmente conhecida por ter sido totalmente criada por uma inteligência artificial e posteriormente vendida por US$ 432,5 mil (cerca de R$ 2,2 milhões em conversão atual) num leilão promovido pela casa Christie's, em Nova Iorque.
A pintura é resultado do esforço coletivo de três estudantes franceses, que desenvolveram uma técnica, super avançada para a época, em que dois algoritmos de IA competem entre si para criar imagens cada vez mais realistas.
Os artistas alimentaram a inteligência artificial com mais de 15 mil retratos pintados entre os séculos XIV e XX. A proposta era que esses algoritmos gerassem novas imagens na tentativa de replicar o estilo clássico da pintura.
Dentre uma série de imagens, o Portrait of Edmond Belamy (leiloado em Nova Iorque por cifras milionárias) foi o resultado mais notável. O quadro retrata a figura embaçada de um homem, com vestimentas escuras, em um fundo preto e bege. Na parte inferior da obra, não é possível encontrar a assinatura de nenhum pintor ou artista, mas a fórmula matemática que gerou o resultado.
As estimativas eram que o valor de venda do quadro ficasse entre US$ 7 mil e US$ 10 mil. Mas, quando a peça foi arrematada por uma quantia quase 45 vezes maior que o valor esperado, não teve quem não ficasse surpreso. Essa foi a primeira vez que uma obra de arte produzida por IA foi vendida em um leilão.
A pintura feita por inteligência artificial pode ajudar a entender como a tecnologia deve afetar os empregos e o mercado de trabalho. Especialistas garantem que, embora a IA seja capaz de criar e reproduzir arte, ela não substitui a profundidade emocional e a intenção humana por trás de cada obra. Para aqueles que temem ser substituídos, essa é uma importante lição.
Miguel Lannes Fernandes, coordenador do MBA em Inteligência Artificial para Negócios da Faculdade EXAME, acredita que, ao invés de temer perder o emprego para máquinas, os profissionais podem explorar maneiras de usar a IA para expandir suas próprias habilidades e se destacar no ambiente corporativo.
“A IA expande a capacidade cognitiva de quem está usando a ferramenta em um nível desigual com relação a quem não usa", defende. Ele explica que para aquelas pessoas que forem pioneiras em suas áreas usando a inteligência artificial, essa é uma super oportunidade para alavancar a carreira.
“Isso não significa que a inteligência artificial vai substituir os seres humanos", completa o professor. "Não acredito que isso vá acontecer. Mas saber usar ferramentas de inteligência artificial vai permitir que profissionais concorram de igual para igual no mercado, porque todo mundo vai começar a usar a IA."
Para aqueles que desejam acompanhar a transformação e dar os primeiros passos em direção ao mundo da inteligência artificial, a EXAME apresenta o Pré-MBA em Inteligência Artificial para Negócios, um programa inédito que vai dar acesso de forma exclusiva às quatro aulas introdutórias do MBA.
Ao longo do treinamento, o especialista Miguel Lannes Fernandes vai mostrar o que é preciso para sair do zero e fazer parte da próxima geração de especialistas em IA do Brasil. “Independente do seu conhecimento em tecnologia”, garante o professor. Para participar, basta possuir diploma de graduação completa em qualquer área do conhecimento.
Outra boa notícia é que o programa está com desconto. De R$ 297, o valor para participar do workshop sai por apenas R$ 37 (e ainda pode ser dividido em até oito parcelas). As matrículas estão abertas e podem ser feitas pelo botão abaixo.
*Este é um conteúdo apresentado por Faculdade EXAME