Inteligência Artificial

Como a OpenAI quer desafiar o TikTok e o YouTube com o Sora App

Novo app da OpenAI permite a criação de vídeos hiper-realistas com inteligência artificial, oferecendo uma nova forma de gerar conteúdo

Sam Altman: CEO da OpenAI quer desafiar YouTube e TikTok (Chris Jung/NurPhoto/Getty Images)

Sam Altman: CEO da OpenAI quer desafiar YouTube e TikTok (Chris Jung/NurPhoto/Getty Images)

Publicado em 11 de outubro de 2025 às 08h01.

Alguns anos depois transformar como as pessoas escrevem – e até falam –, a OpenAI está dando passo significativo também no mercado de vídeos gerados por inteligência artificial.

Nesta semana, seu gerador de vídeos, o Sora, foi lançado como um aplicativo, o Sora App, e já está provocando um impacto semelhando ao do Veo 3, a IA do Google para conteúdo audiovisual realista.

Lançado em versão beta, gratuito e disponível apenas para iOS por meio de convite, o app oferece aos usuários a capacidade de criarem vídeos curtos e personalizados, com a possibilidade de incluir a própria imagem ou até a de celebridades e figuras públicas, proporcionando uma experiência única e imersiva.

Com isso, o aplicativo permite que os usuários criem vídeos hiper-realistas de si mesmos em cenários fantasiosos.

Entre os exemplos testados pelo New York Times, estão saltos de paraquedas com pizzas substituindo os equipamentos tradicionais ou duelos ao estilo "Matrix" com Ronald McDonald, usando X-burguers como armas.

Além da tecnologia impressionante, o Sora App não se limita a permitir a criação de conteúdos quase indistinguíveis da realidade, mas também visa disputar o mercado de vídeos curtos, já que seu formato se assemelha a redes sociais como TikTok, Instagram Reels e YouTube Shorts. Seu diferencial, no entanto, está na capacidade quase ilimitada de produção de conteúdo.

Apesar do sucesso e do impacto iniciais, ainda é cedo para determinar se o Sora alcançará o patamar de produtos como o ChatGPT, o lançamento mais popular da OpenAI. No entanto, o app segue a linha do que empresas como Meta e X já tentaram construir: uma forma de popularizar a automação total da criação de conteúdo com IA.

Também nessa direção, no final de setembro, a Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, lançou o Vibes, um feed composto apenas de vídeos curtos gerados por IA.

O objetivo, assim como outras redes sociais, é manter os usuários engajados e o maior tempo possível dentro do ecossistema da empresa.

Preocupações com vídeos gerados por IA

Embora a funcionalidade e o entretenimento oferecidos pelo Sora App sejam evidentes, também existem preocupações sérias em relação à criação de vídeos hiper-realistas.

A facilidade com que esses conteúdos podem ser produzidos abre portas, por exemplo, para desinformação e o uso indevido da tecnologia.

Com a possibilidade de gerar vídeos de figuras públicas e utilizar material protegido por direitos autorais, como personagens de filmes e desenhos, a proteção de imagem e a propriedade intelectual também voltam à tona com o Sora App.

O aplicativo, por exemplo, permite que usuários usem a imagem de figuras como Sam Altman, CEO da OpenAI, o que levanta preocupações sobre a criação de deepfakes.

Por essa razão, o app, que já é motivo de preocupação, enfrentará resistência de Hollywood, com agências de talentos se preparando para defender os direitos de seus clientes contra o uso indevido de imagens e propriedades intelectuais de artistas.

Acompanhe tudo sobre:Inteligência artificialOpenAISam AltmanMetaInstagramTikTokYouTube

Mais de Inteligência Artificial

Sem humanos? Zendesk afirma que novo agente de IA resolve 80% dos problemas sozinha

Após aporte de US$ 9 mi, startup criada em Stanford chega ao Brasil e quer mudar atendimento médico

Uso de IA no trabalho aumenta nos EUA: quem está na frente da revolução?

Em São Paulo, Red Hat promove evento gratuito sobre IA e código aberto