Inteligência Artificial

Como a inteligência artificial está transformando os tênis de corrida

Com alta demanda e inovações constantes, os calçados de performance se tornaram protagonistas do esporte

Fabrica da Vulc:abras: dona da marca Olympikus, companhia chegou ao seu 19º trimestre consecutivo de crescimento de vendas (Leandro Fonseca /Exame)

Fabrica da Vulc:abras: dona da marca Olympikus, companhia chegou ao seu 19º trimestre consecutivo de crescimento de vendas (Leandro Fonseca /Exame)

Publicado em 7 de outubro de 2025 às 15h24.

Última atualização em 7 de outubro de 2025 às 16h05.

A corrida de rua ocupa o topo das atividades físicas mais populares entre atletas em todo o mundo — e foi o esporte mais praticado de 2024, segundo o Relatório Anual de Tendências Esportivas do Strava. A modalidade, que une bem-estar e socialização, impulsionou o interesse por calçados que melhorem o desempenho dos corredores, movimentando o mercado global de tênis esportivos.

No TikTok, a hashtag “tênis para corrida” reúne cerca de 10 mil publicações, enquanto a versão em inglês, “running shoes”, ultrapassa 396 mil vídeos. As recomendações vão desde os modelos com placa de carbono — tecnologia que deve gerar uma receita global de US$ 16,89 bilhões até 2032, segundo o relatório da Business Research Insights — até outras inovações que conquistaram atletas profissionais e amadores.

O interesse, no entanto, não é recente. Desde a popularização da corrida, há quase um século, marcas e esportistas buscam novas formas de melhorar a performance e reduzir o risco de lesões.

De solas finas ao EVA

A trajetória dos calçados de corrida começou nos anos 1920, quando Adolf Dassler, fundador da Adidas, desenvolveu sapatos de couro com solas finas de lona voltados para corredores. Décadas depois, nos anos 1970, os solados de borracha e os tênis com amortecimento em EVA se tornaram favoritos entre os atletas, oferecendo maior aderência e conforto.

A partir dos anos 2000, os tênis ganharam entressolas mais altas e foco no conforto e desempenho. Marcas como Asics, Olympikus, Mizuno, New Balance, Hoka, Nike e Adidas ampliaram sua presença no esporte com lançamentos icônicos — como o Nike Shox, inicialmente criado para corrida, mas que acabou migrando para o uso casual.

A revolução da placa de carbono

Os tênis de placa de carbono — ou “super tênis” — combinam espuma leve com uma lâmina de fibra de carbono posicionada na entressola. O material atua como uma mola, devolvendo energia a cada passada e impulsionando o atleta, resultando em melhor desempenho.

A tecnologia foi introduzida pela Nike com o Zoom Vaporfly 4% (a partir de R$ 1.899) durante as Olimpíadas do Rio, em 2016. De lá para cá, concorrentes adotaram o mesmo conceito em modelos que podem ultrapassar R$ 4 mil, como o Adidas Adizero. Para evitar vantagens desproporcionais, a World Athletics estabeleceu limites: a altura da entressola não pode exceder 40 milímetros em provas de rua.

Especialistas alertam, porém, que os “supertênis” não são indicados para uso cotidiano nem para iniciantes. Apesar do conforto, a redução da sensibilidade de impacto pode aumentar o risco de lesões nos quadris e joelhos.

O futuro da corrida: tênis inteligentes

Nos Estados Unidos, a startup Avelo surge como uma das apostas mais inovadoras da tendência. A marca, que se apresenta como criadora dos “tênis mais inteligentes do mundo”, aposta em modelos equipados com sensores Bluetooth capazes de medir o impacto, ritmo, comprimento da passada, rotação do pé e até a análise da pisada.

Os primeiros pares chegam ao mercado americano em dezembro de 2025, prometendo elevar a disputa por inovação entre as grandes marcas esportivas — e transformar, mais uma vez, a experiência da corrida.

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