Inteligência Artificial

Chinesa Pony AI prevê 1.000 robotáxis até 2025, mas admite entraves para uso global

Frota autônoma da empresa chinesa já soma mais de 200 veículos, mas prejuízo no trimestre passa de US$ 53 milhões

Apesar da confiança, Pony AI reconhece que a comercialização em larga escala ainda enfrenta desafios significativos (Pony.AI/Reprodução)

Apesar da confiança, Pony AI reconhece que a comercialização em larga escala ainda enfrenta desafios significativos (Pony.AI/Reprodução)

Publicado em 13 de agosto de 2025 às 10h11.

A empresa chinesa de robotáxis, a Pony AI está confiante em atingir sua meta de produzir 1.000 veículos autônomos até o final de 2025. Apesar disso, ela reconhece que a comercialização em larga escala ainda enfrenta desafios significativos.

Desde o início da produção em massa, há dois meses, a empresa entregou mais de 200 unidades do modelo Gen-7 Robotaxi, colocando-a no caminho para cumprir a meta anunciada no final de abril deste ano, de acordo com o CEO James Peng.

“Estabelecemos uma base sólida para operações comerciais em larga escala de robotáxis”, disse Peng durante uma teleconferência com investidores na terça-feira, 12, à noite, segundo a Bloomberg. A avaliação está ligada ao crescimento da receita com os serviços de robotáxis, que aumentou 158% em comparação com o ano passado, alcançando US$ 1,5 milhão no segundo trimestre de 2025. Os dados são de um relatório da empresa.

No entanto, a expansão do uso comercial dos robotáxis ainda apresenta dificuldades. Fora Estados Unidos e China, a maioria dos países ainda não está pronta para uma implantação em larga escala, segundo o diretor financeiro Leo Wang. Assim, com as limitações atuais, pode levar mais tempo para desenvolver um modelo de negócios sustentável baseado na cobrança de tarifas.

Além disso, Wang reconheceu que a expansão de uma frota totalmente autônoma exige níveis mais elevados de segurança e rigor operacional. Por isso, a transição de dezenas para centenas (e, eventualmente, milhares) de veículos representa um desafio complexo.

Apesar do crescimento da receita, a Pony AI registrou uma perda líquida de US$ 53,3 milhões no segundo trimestre, comparado a US$ 30,9 milhões no mesmo período do ano passado. As despesas com pesquisa e desenvolvimento subiram 69%, totalizando US$ 49 milhões, impulsionadas por investimentos maiores nos veículos Gen-7.

Em 2024, a empresa fechou seu balanço financeiro com receita de US$ 75 milhões e prejuízo líquido de US$ 274 milhões.

Abertura de capital em Hong Kong

Sediada em Guangzhou, a Pony AI já abriu capital nos Estados Unidos e recebeu rodadas privadas de investimento, totalizando US$ 413 milhões levantados em novembro de 2024.

Desde maio, circulam notícias de que ela planeja negociar ações também em Hong Kong ainda neste ano, uma estratégia adotada por diversas empresas chinesas devido às tensões com os Estados Unidos, visando integrar capital internacional com as vantagens de fabricação e o acesso ao mercado chinês.

Com isso, a Pony AI busca reforçar seu caixa para expandir sua produção e atuação internacional. Além da China, ela tem uma parceria com a Uber para lançar um serviço de robotáxi no Oriente Médio e obteve permissão para testar veículos autônomos em Luxemburgo.

Apesar da empresa ter afirmado em abril que estava mais próxima da lucratividade, especialistas ainda estimam que esse marco seja atingido somente daqui a cinco anos, quando a frota chegar a cerca de 50 mil veículos. Analistas do HSBC compartilham a avaliação de que a empolgação com os retornos do serviço de robotáxi é precoce.

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