Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon) e Elon Musk (Tesla, X, entre outras) na posse de Donald Trump (Chip Somodevilla/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 14 de julho de 2025 às 13h43.
Antes mesmo do início do segundo mandato de Donald Trump, CEOs de big techs e outras indústrias começaram a tomar várias medidas para tentar agradá-lo e, com isso, conquistar o apoio do homem mais poderoso do mundo em questões cruciais para seus negócios, como antitruste, regulação e comércio.
Executivos do setor de tecnologia, por exemplo, doaram milhões de dólares, anunciaram investimentos bilionários e marcaram presença na posse de Trump, em 20 de janeiro. Alguns desses nomes incluem Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon), Sundar Pichai (Google), Elon Musk (Tesla, X, entre outras) e Tim Cook (Apple), todos sentados logo atrás do presidente no Capitólio, destacando a proximidade da indústria com o governo. Sam Altman (OpenAI) estava em uma sala secundária, enquanto Jensen Huang (Nvidia) e Alex Karp (Palantir) não compareceram.
Nos quase seis meses do novo mandato de Trump, veículos como o Wall Street Journal têm monitorado as interações do presidente com as big techs, destacando quem está em alta, em baixa ou neutro em cada um dos cenários em relação ao mandatário e às medidas governamentais.
Esse é o único campo no qual ainda não há vencedores claros. Empresas como Meta e Google enfrentam queda em sua relação com o governo, sendo pressionadas por reguladores e decisões judiciais contra práticas monopolistas.
Em contrapartida, as lideradas por Altman, Karp e Musk não enfrentam grandes questões antitruste. Nvidia, Amazon e Apple, por sua vez, mantêm posição neutra nesse aspecto.
Tarifas e controles de exportação continuam sendo questões importantes para as empresas de tecnologia que geram grandes receitas no exterior. Alex Karp é o único que não enfrenta muitos problemas relacionados ao comércio, enquanto a Nvidia adota uma postura mais diplomática e se beneficia dos planos de Trump, como a oferta de chips para os Emirados Árabes Unidos.
Entretanto, a empresa enfrenta desafios no mercado chinês, assim como a Tesla, que depende da China para a produção de baterias e componentes, e a Apple, pressionada a transferir a produção de iPhones para os EUA e redirecionar exportações da Índia. A Amazon também enfrenta impactos devido às tarifas, enquanto OpenAI, Meta e Google permanecem neutras, apesar de possíveis implicações futuras.
No entanto, Elon Musk, após sua parceria com o governo, enfrenta ameaças de encerramento de contratos federais e pode ser afetado pelo fim de subsídios a tecnologias de energia limpa, algo que deve impactar também outras empresas e sua crescente demanda para data centers e IA.
Sam Altman, CEO da OpenAI, está em boa posição e se beneficia do apoio do governo aos avanços da IA nos EUA. Jensen Huang, da Nvidia, também tem recebido elogios de Trump e posicionou sua empresa para lucrar com o fluxo livre de semicondutores para países aliados dos EUA. Alex Karp e a Palantir também têm registrado mais contratos e estão em posição favorável.
Do outro lado, Elon Musk e Tim Cook estão em baixa com o governo devido a desentendimentos e críticas sobre seus produtos e cadeias de fornecimento. Mark Zuckerberg, Jeff Bezos e Sundar Pichai se encontram em posições neutras, sendo afetados por algumas políticas, mas também se beneficiando de outras.