Inteligência Artificial

Após Apple, Google lança plataforma de IA na nuvem com foco em privacidade

Com essa abordagem, tarefas de inteligência artificial mais exigentes serão transferidas para a nuvem, em vez de serem processadas apenas no dispositivo do usuário, algo que o Google considera cada vez mais inviável

O sistema funciona de forma semelhante à Computação Privada na Nuvem (Private Cloud Compute), lançada pela Apple em 2024 (Mateusz Slodkowski/Getty Images)

O sistema funciona de forma semelhante à Computação Privada na Nuvem (Private Cloud Compute), lançada pela Apple em 2024 (Mateusz Slodkowski/Getty Images)

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 11h03.

O Google está lançando uma nova plataforma de computação em nuvem voltada para inteligência artificial. Chamada Private AI Compute, ela permitirá processar dados sensíveis com mais potência, mas sem comprometer a privacidade.

Essa solução é uma resposta à crescente demanda dos usuários por proteção de dados, ao mesmo tempo que os recursos baseados em IA exigem progressivamente mais poder computacional, ultrapassando a capacidade de dispositivos pessoais.

O sistema funciona de forma semelhante à Computação Privada na Nuvem (Private Cloud Compute), lançada pela Apple em 2024. Com essa abordagem, tarefas de IA mais exigentes serão transferidas para a nuvem, em vez de serem processadas apenas no dispositivo — como smartphones ou Chromebooks —, algo que o Google considera cada vez mais inviável.

No entanto, segundo a empresa, mesmo com o processamento fora do aparelho do usuário, o novo modelo garante um grau de segurança semelhante ao esperado no processamento local. Além disso, os dados estarão disponíveis “somente para você e mais ninguém, nem mesmo para o Google”.

Com mais poder de processamento, a expectativa é que os serviços de IA evoluam de tarefas simples, como transcrições ou traduções, para sugestões mais personalizadas.

Desse modo, a empresa afirma que, nos smartphones Pixel 10, o Magic Cue – ferramenta que sugere informações contextuais extraídas de e-mails e agendas – passará a ser mais preciso. Outro recurso beneficiado será o Gravador, que ganhará suporte para transcrições em mais idiomas.

IA mais potente, com menos exposição

A nova plataforma sinaliza uma tendência entre big techs: oferecer experiências avançadas de IA, mas sem que isso comprometa a privacidade dos usuários.

Além das soluções do Google e da Apple, a Meta também aposta nesse caminho com uma tecnologia chamada “Processamento Privado”. Por meio dela, a IA da empresa, a Meta AI, consegue gerar, por exemplo, resumos de mensagens no WhatsApp sem que o aplicativo ou a própria Meta tenham acesso ao conteúdo.

Acompanhe tudo sobre:TecnologiaInteligência artificialComputação em nuvemGoogleApplePrivacidade

Mais de Inteligência Artificial

Gamma capta US$ 68 milhões para ser o PowerPoint da era da IA

Microsoft usa influenciadores para promover Copilot e enfrentar ChatGPT

Diretor de IA da Intel deixa a empresa para trabalhar na OpenAI

SoftBank vende participação na Nvidia por US$ 5,8 bilhões