Dario Amodei: CEO da Anthropic (Kimberly White/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 30 de abril de 2025 às 13h39.
Última atualização em 30 de abril de 2025 às 13h40.
A Anthropic, startup norte-americana especializada em inteligência artificial, manifestou apoio ao plano do governo dos EUA de limitar a exportação de chips avançados para determinados países, mas propôs mudanças nos critérios de aplicação das regras. A medida, segundo a empresa, é importante para a segurança nacional e para garantir a liderança norte-americana no setor.
A proposta em questão é o Framework for Artificial Intelligence Diffusion, apresentado em janeiro pela gestão do presidente Joe Biden e com implementação prevista para 15 de maio. O plano divide os países em três níveis de restrição — com China e Rússia no grupo mais rigoroso (Nível 3), México e Portugal em um nível intermediário (Nível 2), e aliados estratégicos como Japão e Coreia do Sul livres de restrições (Nível 1).
Enquanto empresas como a Nvidia, líder global na fabricação de semicondutores, criticaram duramente o plano — classificando-o como “sem precedentes e equivocado” — a Anthropic publicou nesta quarta-feira, 30, Um texto em seu blog institucional declarando “forte apoio” à estrutura proposta pelo Departamento de Comércio dos EUA.
Ainda assim, a empresa sugeriu mudanças nos limites de exportação para países do Nível 2. A proposta é reduzir o volume de chips que essas nações podem adquirir sem revisão e incentivar que a compra seja feita por meio de acordos entre governos, o que evitaria contrabando e ampliaria a supervisão dos EUA.
Além disso, a Anthropic defendeu que o governo norte-americano aumente os recursos destinados à fiscalização da medida, reforçando a estrutura pública que vai monitorar o cumprimento das regras de exportação.
A posição da empresa não surpreende. O CEO da Anthropic, Dario Amodei, tem se destacado como uma das principais vozes pró-regulação dentro do setor de IA. Em janeiro, ele publicou um artigo no Wall Street Journal em que argumentava pela necessidade de controles mais severos sobre a venda de chips de alta performance para o exterior.