Segundo Wall Street Journal, a previsão da Amazon é que, em breve, o número de robôs e trabalhadores seja equivalente (400tmax/Getty Images)
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Publicado em 1 de julho de 2025 às 09h33.
Mais de 1 milhão de robôs e cerca de 1,5 milhão de humanos: este é o tamanho e a proporção do contingente empregado pela Amazon para garantir a eficiência de suas enormes operações. Os planos da empresa, no entanto, que há anos vem automatizando diversas tarefas anteriormente realizadas por pessoas, não param por aí. De acordo com o Wall Street Journal, a previsão é que, em breve, o número de robôs e trabalhadores seja equivalente.
Nos armazéns, braços robóticos metálicos retiram itens das prateleiras, enquanto droides motorizados transportam mercadorias para embalagem. Em outras áreas, sistemas automatizados ajudam a classificar e embalar os produtos para envio. Um dos robôs mais recentes, o Vulcan, possui uma "sensibilidade tátil", permitindo-lhe pegar itens de várias prateleiras.
Atualmente, cerca de 75% das entregas globais da Amazon são auxiliadas por robôs, o que contribui para o aumento da produtividade e ajuda a resolver o problema da alta rotatividade de funcionários. A crescente automação também significou mudanças para muitos trabalhadores, que agora substituem tarefas repetitivas, como levantamento, classificação e separação, por funções mais qualificadas, como o gerenciamento de sistemas robóticos.
Neisha Cruz, por exemplo, que passou cinco anos fazendo o trabalho de separação em um armazém da Amazon, agora supervisiona robôs em um escritório em Tempe, no Arizona. Ela afirma ganhar 2,5 vezes mais do que quando começou. Ao mesmo tempo, a Amazon diminuiu seu ritmo de contratações, com o número de funcionários por instalação caindo para 670, o mais baixo em 16 anos.
A Amazon também está incorporando inteligência artificial em seus armazéns para otimizar o armazenamento de inventário, previsão de demanda e eficiência dos robôs. À medida que a automação avança, a empresa planeja reduzir sua força de trabalho nos próximos anos.
Recentemente, o CEO Andy Jassy afirmou, em um comunicado interno, que a empresa já está utilizando IA generativa em diversos setores e que prevê um impacto ainda maior dos agentes de IA. Ele destacou que isso resultará na necessidade de menos pessoas em algumas funções, enquanto mais trabalhadores serão precisos para outras atividades.
Embora o tipo de trabalho esteja mudando, o número total de empregados tende a cair. Ao mesmo tempo, o de robôs e ferramentas tecnológicas continuará a crescer.