Inteligência Artificial

Amazon firma mais dois acordos de licenciamento para fortalecer assistente de IA Rufus

Após licenciamento de conteúdo do New York Times, acordos com Condé Neast e Hearst permitem que material das editoras de estilo de vida seja utilizado para ajudar assistente de compras na resposta a perguntas dos consumidores

Amazon também já fechou acordo com mais de 200 publicações para alimentar assistente virtual Alexa+ (400tmax/Getty Images)

Amazon também já fechou acordo com mais de 200 publicações para alimentar assistente virtual Alexa+ (400tmax/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 10 de julho de 2025 às 11h52.

A Amazon está assinando diversos acordos para utilizar conteúdo protegido por direitos autorais no treinamento de inteligência artificial e, com isso, evitar ser mais uma das empresas acionadas judicialmente por violação de propriedade intelectual.

Seis semanas após acordar o licenciamento com o New York Times, a gigante do varejo fechou contratos de longo prazo com as editoras Condé Nast e Hearst, permitindo o uso de seu material no assistente de compras baseado em IA Rufus.

Enquanto a primeira é dona de marcas renomadas como Vogue, Glamour, GQ, Vanity Fair, The New Yorker e Wired, a segunda tem publicações como Cosmopolitan, Marie Claire, Elle e Men’s Health. Com isso, o conteúdo dessas editoras se somará às notícias do NYT, bem como a seu conteúdo esportivo (The Athletic) e gastronômico (NYT Cooking), servindo como fonte para treinamento de ferramentas de IA.

Embora os detalhes dos acordos com Condé Nast e Hearst não tenham sido divulgados, espera-se que o Rufus comece a operar com essas ativações no verão. Lançado no ano passado, ele é um assistente de compras baseado em IA, treinado no catálogo de produtos da Amazon e dados da web. O Rufus responde a perguntas de consumidores sobre produtos, comparações e recomendações.

Desafios e oportunidades para a Amazon

Com o licenciamento de conteúdo, a Amazon não só ganha acesso a dados valiosos de consumidores, mas também fortalece o poder de seu assistente de IA. Apesar de modelos comerciais ainda estarem evoluindo, versões avançadas dessa tecnologia podem representar uma ameaça aos modelos tradicionais de produtores de conteúdo, que já enfrentam dificuldade com, por exemplo, a queda no tráfego orgânico direcionado pelo Google.

Assim como outros assistentes, o Rufus precisa de conteúdo estruturado e de qualidade para responder a perguntas como "Qual é o melhor hidratante para pele seca?" ou "O que vestir para um casamento de verão?". Editoras de estilo de vida, como Condé Nast e Hearst, oferecem conteúdo rico e de longa duração, ideal para treinar a IA e fornecer respostas precisas e contextualizadas.

Com anos de conteúdo otimizado para SEO, esse material é perfeito para o treinamento do Rufus, garantindo que a IA da Amazon ofereça respostas confiáveis e bem fundamentadas, evitando erros e informações imprecisas. Conteúdos editoriais, como guias de presentes, dicas de casa e resumos de moda, naturalmente alinham-se às intenções dos consumidores, sendo recursos valiosos para alimentar as sugestões de compras feitas pela IA.

Outros acordos de licenciamento da Amazon

A estratégia de licenciamento de conteúdo da Amazon vai além do Rufus, com mais de 200 publicações já fechando acordos para alimentar sua assistente virtual Alexa+. Entre os parceiros estão empresas como Business Insider, Forbes, Reuters, The Washington Post, Time, Vox e USA Today.

Lançada em fevereiro, a Alexa+ oferece uma gama de funções, desde controle de casa inteligente até recomendações personalizadas de compras, com a promessa de tornar a experiência de compra ainda mais integrada e eficiente.

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