Contratações em cargos juniores caem nas empresas que adotam IA. (Adobe Stock)
Redatora
Publicado em 14 de outubro de 2025 às 14h12.
O mercado de trabalho americano está intrigante. A economia ainda cresce de forma saudável, mas o ritmo de geração de empregos caiu drasticamente em 2025: apenas 22 mil novas vagas foram abertas em agosto, contra 158 mil em abril. Os dados são do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos.
Em meio a essa desaceleração, uma pergunta ganha força: será que a inteligência artificial já está começando a substituir o trabalho humano?
Até agora, não há sinais de um "apocalipse dos empregos" causado pela IA. Dados recentes mostram que a proporção de cargos administrativos e corporativos — justamente os mais expostos à automação — se manteve estável desde o lançamento do ChatGPT, em 2022. Uma pesquisa da Yale University, publicada em outubro, concluiu que não houve mudança significativa no tipo de trabalho exercido pelas pessoas até aqui.
No entanto, quando se observa o comportamento das empresas que adotaram IA de forma ativa, o cenário muda. Um estudo dos pesquisadores Seyed Hosseini e Guy Lichtinger, doutorandos em Harvard, analisou mais de 200 milhões de vagas de emprego e identificou cerca de 130 mil oportunidades voltadas para integrar IA generativa nas operações do dia a dia, em 10.600 empresas.
Ao comparar esses negócios com um grupo de controle de 274 mil empresas que não contrataram profissionais para IA, os dados revelaram um padrão: as contratações de cargos juniores caíram 7,7% mais nas empresas que adotaram IA. A queda não foi acompanhada por cargos seniores, sugerindo que tarefas repetitivas são as primeiras a serem automatizadas.
Ainda é cedo para afirmar que a IA é a principal responsável por essa tendência. Apenas 17% dos trabalhadores do estudo estavam empregados por empresas adotantes de IA, e o mercado de trabalho para juniores já vinha oscilando desde a pandemia. A automação pode ser parte do problema — mas certamente não é o único fator em jogo.
No Brasil, a onda da IA também vem ganhando velocidade — e não apenas no setor privado. O governo federal anunciou um investimento de R$ 23 bilhões em inteligência artificial até 2028, como parte de uma estratégia nacional para fomentar o desenvolvimento tecnológico, capacitar mão de obra e modernizar a indústria.
O plano inclui incentivos à pesquisa, parcerias com universidades e apoio a startups de base tecnológica.
De olho em quem deseja ingressar nesse mercado, a EXAME e Saint Paul apresentam o Pré-MBA em Inteligência Artificial para Negócios, um treinamento introdutório ao seu curso de pós-graduação, por apenas R$37.
Ao final dos quatro encontros virtuais, que totalizam uma carga horária de 3 horas, todos os participantes receberão um certificado de conclusão do treinamento assinado pela Saint Paul e EXAME para incluir no currículo.
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